Título: Cerco fechado
Autor: Tahan, Lilian
Fonte: Correio Braziliense, 19/03/2011, Cidades, p. 33

Corregedoria Na quarta-feira última, o corregedor-geral da Casa, Eduardo da Fonte, abriu processo contra a deputada Jaqueline Roriz. O órgão fiscalizador da Câmara dos Deputados tentou notificar a parlamentar a se defender por três vezes, todas sem sucesso. Na segunda-feira próxima, a notificação será publicada no Diário Oficial da União. A investigação da conduta da deputada, que aparece em uma filmagem recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, foi provocada pelo PSol. O partido apresentou representação à Mesa Diretora da Casa, no último dia 10, pedindo à Corregedoria a apuração dos fatos.

Conselho de Ética Após a formação do Conselho, na última quarta-feira, o PSol entrou com outra representação contra Jaqueline. O presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PDT-BA), acatou o pedido de investigação e disse que o processo será aberto na terça ou quarta-feira da próxima semana. As duas representações do PSol são baseadas no mesmo fato: o vídeo em que Jaqueline recebe o recurso ao lado do marido, Manoel Neto. Em nota pública, a deputada admitiu que o dinheiro não foi contabilizado e serviu para custear as despesas da campanha eleitoral de 2006.

Supremo Tribunal Federal O ministro e relator do caso de Jaqueline, Joaquim Barbosa, autorizou na última segunda-feira abertura de inquérito contra a deputada. Com isso, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, começou a investigar a denúncia de que ela teria recebido pelo menos R$ 50 mil do esquema da Caixa de Pandora.