Título: Para Sarney, eleições de 2010 estão longe
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Fonte: Gazeta Mercantil, 04/02/2009, Brasil, p. A9

Brasília, 4 de Fevereiro de 2009 - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AC), disse ontem que as eleições de 2010 ainda estão longe e que as negociações relativas ao pleito serão conduzidas pelos líderes partidários. Segundo ele, no momento, a preocupação do partido é com a direção das Casas legislativas (Câmara e Senado).

"Essas tratativas estão sendo feitas pelos líderes. Sempre foi do meu estilo, e é do meu estilo, que essa tarefa é para os líderes", afirmou o senador. Para ele, 2010 ainda está longe. "Nós apenas estamos tratando da sucessão na direção das Casas [legislativas]", acrescentou.

Sarney disse ainda que a relação com o Palácio do Planalto será harmônica e "sem prejuízo da autonomia do Senado Federal".

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negou que a concentração de poderes no Congresso, com peemedebistas ocupando a presidência das duas Casas, vá gerar algum atrito entre o partido e o Planalto. "O PMDB é um parceiro preferencial, e é o maior partido da base do governo e indicou e venceu com o apoio da maioria dos partidos. Esse é um processo democrático e esse espaço foi aberto no voto", afirmou Jucá.

Sarney e Jucá fizeram as declarações após participar da cerimônia de posse do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge de Alencar e Lima.

Um dia após assumir o cargo, Sarney prometeu ontem fazer um corte linear de 10% nos gastos da Casa. Para isso, já determinou à área administrativa uma análise sobre os gastos. "Quero, imediatamente, determinar os cortes de gastos, mas não podemos chegar e fazer, senão diante dos números, dentro do orçamento da Casa. Eu assumi agora", disse.

Outra promessa de campanha é mudar o rito de tramitação das medidas provisórias. Para isso, Sarney disse que pretende se reunir com as lideranças. "Vamos fazer uma junção de todas as propostas que tem aí e estabelecer um caminho para ouvir, de modo a resolvermos de uma vez por todas esse problema, que não pode mais continuar", comentou.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Agência Brasil)