Título: Reforço na integração
Autor: Hessel, Rosana; Iunes, Ivan
Fonte: Correio Braziliense, 20/03/2011, Política, p. 12

Os emrpesários que assistiram aos discursos sobre economia feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiaram a intenção de estreitar os laços comerciais entre os dois países. Mas a percepção generalizada, nas rodas de conversas, foi de que suas palavras dificilmente se converterão em ganhos concretos a curto prazo. Um dos responsáveis pelo seminário para executivos de grandes grupos brasileiros e norte-americanos, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, considerou a visita um passo inicial importante para reforçar a integração entre as duas economias.

¿Os chineses têm visto os Estados Unidos como um grande destino para seus produtos. O Brasil tem tido outros mercados de acesso, principalmente, na América do Sul. Mas, em função de questões políticas, esses países podem criar mais dificuldades do que facilidades. O mercado norte-americano é o principal no mundo e não podemos nos afastar dele¿, afirmou. Na visão de Andrade, o Tratado de Cooperação é um ¿instrumento importante da crescente agenda entre os dois países.¿

O presidente da petrobras, José Sérgio Gabrielli,a firmou que o interesse explicito de Obama no petróleo do pré-sal brasileiro ´-e importante, mas não pode ser o único passo para aumentar o fluxo comercial. ¿Ele demonstrou uma preocupação estratégica, o que é positivo, mas o governo não compra petróleo. Quem compra são os empresários e já somos o oitavo fornecedor para os Estados Unidos. Por enquanto, não muda nada¿, disse.

Sugestões

Mais cedo, em almoço realizado no Palácio do Itamaraty, um grupo seleto de empresários, entre eles o diretor-presidente do Correio, Álvaro Teixeira da Costa, se reuniu com Obama e com a presidente Dilma Roussseff. Os presidentes da norte-americana Cummins. Tim Solso, e da multinacional brasileira Coteminas, Josué Gomes da Silva, saíram otimistas do encontro. Os dois lideram 18 executivos que elaboraram uma lista de sugestões de políticas de aproximação. Foram feitas recomendações em quatro áreas: comércio e investimentos, educação, energia e ciências e infraestrutura.

Silva, da Coteminas, informou que, desde o primeiro momento apoiou a eliminação de tarifas sobre energia renovável, inclusive o etanol. ¿As relações entre o Brasil e os Estados Unidos, que sempre foram boas ao longo da nossa história, devem ancançar um novo patamar¿, disse, otimista. ¿Certtamente, no campo de ciência e tecnologia, os dois países podem cooperar muito e já começam a se entender. A exploração do pré-sal oferece novos desafios e oportunidades de negócios.¿