Título: Garibaldi nega acordo entre PMDB e PT
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Fonte: Gazeta Mercantil, 23/01/2009, Brasil, p. A9
Brasília, 23 de Janeiro de 2009 - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse ontem que não foi firmado acordo para garantir que PMDB e PT se alternassem na presidência do Senado e da Câmara. "Não houve reconhecimento de acordo e em hora nenhuma ele prosperou", disse.
A declaração se deve à polêmica sobre a possiblidade de o PMDB presidir as duas Casas do Congresso Nacional: na Câmara, com Michel Temer, e no Senado, com José Sarney. O PT alega que houve o acordo há dois anos na Câmara, quando o atual presidente, Arlindo Chinalgia (SP), foi eleito. "O entendimento é de que quem tem a maior bancada, preside a Casa. As duas Casas têm uma autonomia muito grande. E foi o que se viu", disse Garibaldi.
Ele se encontrou ontem com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. "Foi uma visita de cortesia e de despedida", disse.
Garibaldi Alves Filho deve encerrar seu mandado frente à presidência da Casa no início da próxima sessão legislativa ordinária, em 2 de fevereiro, quando serão eleitas as duas Mesas Diretoras, antes do reinício dos trabalhos legislativos.
Debate
Os candidatos à presidência da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR) entregaram há pouco, na presidência da Casa, uma carta conjunta em que solicitam que o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) determine à TV Câmara a realização de um debate entre os candidatos. Concorre também ao cargo o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP).
Os parlamentares reivindicam que o debate aconteça "independentemente de quem queira ou não comparecer". A TV Câmara havia decidido - e comunicado às assessorias dos candidatos - que o debate somente aconteceria se houvesse a participação de todos, mas Temer se recusou a comparecer ao encontro.
Na carta, os parlamentares defendem "o direito ao cidadão e ao eleitor de acesso à informação". Eles solicitam que o debate tenha duração de 2 horas, seja transmitido ao vivo até a última sexta-feira precedente à eleição, das 20 às 22 horas.
Além disso, os candidatos pedem que haja chamadas ao longo da semana e duas reprises no sábado, sendo uma à tarde e outra às 20 horas.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Agência Brasil)