Título: Bird demonstra otimismo com a China
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Fonte: Gazeta Mercantil, 29/01/2009, Internacional, p. A10
Davos (Suíça), 29 de Janeiro de 2009 - A economia da China crescerá provavelmente entre 7% e 8% este ano, à medida que as políticas de estímulo fiscal do governo comecem a surtir efeito, disse o economista-chefe do Banco Mundial ( Bird) , Justin Lin.
A terceira maior economia do mundo provavelmente crescerá entre 6% e 7% no primeiro trimestre em relação a um ano antes, e, em média, 7% nos trimestres seguintes, informou Lin à Reuters, durante o encontro anual do World Economic Forum (WEF), iniciado ontem em Davos, na Suíça.
A China, segunda maior economia da região, teve uma desaceleração muito mais abrupta do que esperavam analistas, à medidas que as exportações deixaram o patamar de dois dígitos de crescimento e passaram a encolher na comparação mensal com igual período do ano anterior.
O crescimento econômico anual chinês desacelerou para 6,8% no quarto trimestre de 2008, ante 13% em todo o ano de 2007. O ritmo de 9% de 2008 foi o mais lento em sete anos.
"O governo chinês tem respondido bem a esta pressão, então acredito que os 4 trilhões de iuanes (US$ 585 bilhões) do estímulo fiscal surtirão efeito no segundo trimestre deste ano", disse Lin.
Ele disse também que acredita ser improvável que uma recente troca de declarações entre Estados Unidos a China em relação ao iuane provoque uma guerra comercial.
O novo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse na semana passada que Pequim está manipulando o câmbio para ganhar uma vantagem comercial injusta, comentários que foram reprovados pelo banco central da China e por diplomatas.
"Ambos os lados compreendem que é muito importante olhar para frente e solucionar a crise financeira, e que neste momento é mais importante estimular o crescimento econômico", disse Lin.
"Eu acredito que é improvável que isso leve a uma guerra comercial, e nós acreditamos que, a esta altura, a coisa mais importante seja evitar o protecionismo no mundo. Esta será a principal direção dos esforços, estou certo, tanto do lado chinês quanto do norte-americano", acrescentou.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Reuters)