Título: Economia chinesa dá sinais de recuperação
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Fonte: Gazeta Mercantil, 16/02/2009, Internacional, p. A13

Pequim, 16 de Fevereiro de 2009 - A economia chinesa está dando sinais de que o pacote de incentivo à economia, de 4 trilhões de iuanes (US$ 585 bilhões), está tendo resultados. A economia chinesa, a terceira maior do mundo, deverá crescer 6,6% no segundo trimestre, após desacelerar para 6,3% no período de três meses a encerrar-se a 31 de março.

A China tenta reverter a desaceleração econômica, que já lhe custou 20 milhões de postos de trabalho - o que eleva o risco de conturbações sociais -, num momento de queda vertical das exportações e de enfraquecimento do mercado imobiliário. Os gastos em rodovias, ferrovias e habitação aumentaram os preços do minério de ferro, sustaram a queda da produção industrial e ajudaram a puxar o recorde de US$ 237 bilhões em novos empréstimos para janeiro.

"A China parece pronta para ser a primeira das maiores economias mundiais a se recuperar da atual crise mundial", disse Lu Ting, da Merrill Lynch de Hong Kong. "A China é a única economia do mundo a ter um crescimento significativo do crédito corporativo e ao consumidor depois de setembro de 2008, quando a crise financeira se agravou, aproximando-se do colapso."

O plano de incentivo do governo chinês, anunciado em novembro, começa a ganhar impulso. Projetos como a construção de moradias populares, de 3,5 bilhões de iuanes, na província de Shaanxi e em Xangai, começaram em dezembro, enquanto a província de Shandong iniciou as obras de três novas linhas ferroviárias no mesmo mês.

A China também está empenhando no plano cerca de 1,2 trilhão de iuanes em recursos do governo central, o que significa que a disposição dos bancos de financiar projetos é decisiva. Até agora eles estão correspondendo às expectativas.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 13)(Bloomberg News)