Título: Para deputada, jogo político
Autor: Tahan, Lilian ; Medeiros, Luísa
Fonte: Correio Braziliense, 22/03/2011, Cidades, p. 25

A deputada Celina Leão (PMN) foi ontem ao Ministério Público do Distrito Federal pedir cópia do documento com as denúncias de tráfico de influência, vantagens em licitação pública e contratação de funcionários fantasma à época em que ela era chefe de gabinete de Jaqueline Roriz (PMN). Celina afirmou ao Correio que é a mais interessada em obter informações precisas sobre o assunto. ¿Me antecipei e fui ao Ministério Público para saber quais são as denúncias contra mim ou se é mais um dossiê apócrifo. Porque, se for, a cidade está cheia deles¿, criticou. Ela negou todas as acusações, mas admitiu que duas pessoas ligadas a ela (a mãe e a cunhada) trabalharam na Câmara Legislativa na época em que chefiava o gabinete de Jaqueline.

A parlamentar disse não ter se surpreendido com o pedido de investigação protocolado pelo colega Chico Vigilante (PT). ¿É natural, é uma briga política. O Chico quer dimensionar uma coisa pequena porque eu disse em plenário que ele tinha baixa capacidade intelectual. Mexi com os brios dele¿, afirmou.

Em relação a um possível afastamento da presidência da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, Celina é taxativa: ¿Só saio se a denúncia chegar à comissão. Aí peço uma licença, porque não quero criar nenhuma dificuldade na apuração¿. A parlamentar lembrou que, quando Érika Kokay (PT) foi alvo de denúncias de caixa dois à época em que era presidente da Comissão de Ética, a petista não se licenciou do cargo. ¿Isso é um jogo político. Tenho incomodado muito pela oposição que faço. Existe uma crise instalada na cidade com o caso da Jaqueline e estão tentando me levar para o meio da crise¿, alegou ela. (LM)