Título: Reuniões restritas preocupam mercado
Autor: Feltrin,Luciano
Fonte: Gazeta Mercantil, 27/02/2009, Finanças, p. B1

São Paulo, 27 de Fevereiro de 2009 - O mercado de capitais local está atento às reuniões restritas. Concebidas legalmente para aproximar as companhias de capital aberto dos seus principais interlocutores - acionistas, bancos de investimento, corretoras e potenciais investidores -, essas ocasiões têm servido para trazer à tona um dos maiores temores dos participantes do mercado acionário: a possibilidade de obtenção de informações privilegiadas.

Para tentar reduzir esse risco, os departamentos de relações com investidores (RI) das mais de 450 empresas listadas na BM&F Bovespa estão recebendo, desde a semana passada, uma correspondência da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). "Estamos reforçando a idéia de que as empresas não devem utilizar reuniões com grupos de investidores ou analistas para rever projeções ou divulgar planos ainda desconhecidos do restante do mercado", diz a presidente nacional da entidade, Lucy Sousa. "Levantamos a bandeira do mercado como opção de investimento e não podemos perder isso".

Segundo a executiva, diversos analistas e corretoras consideram que essas reuniões resultam em informações mais qualificadas para poucos investidores. "O que percebemos é que muitas empresas, seduzidas por atender os principais bancos e corretoras globais, não conseguem agenda para dialogar com as casas de investimento menores", diz Lucy.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Luciano Feltrin)