Título: Kátia Abreu não descarta formar chapa com Serra
Autor: Botelho,Gilmara
Fonte: Gazeta Mercantil, 03/03/2009, Brasil, p. A7

São Paulo, 3 de Março de 2009 - A candidatura da senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (DEM-TO), à vice-presidência em 2010 na chapa tucana parece mais certa que uma vitória prévia do governador José Serra na disputa particular travada com o mineiro Aécio Neves - neste caso o vice viria de uma coligação com o PMDB.

Kátia Abreu seria a adversária indireta à candidata declarada Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, mas só no caso da escolha de Serra para a disputa.

Depois de participar da reunião do Conselho Superior de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Cosag), na qual defendeu a implantação de uma nova política agrícola, Kátia Abreu se esquivou, mas falou sobre a corrida presidencial, sem contudo negar a preferência em disputar o cargo de governador de Tocantins.

No entanto, a presidente da CNA prioriza, pelo menos por enquanto, a recomposição do crédito rural no País. Segundo ela, uma restruturação do modelo de política agrícola seria condicionante para a diminuição do risco e, consequente, da cesta de juros oferecida ao produtor rural.

"Vou cumprir até o fim a responsabilidade para a qual fui incumbida. Fui eleita presidente da CNA para resolver problemas", garante. A afirmação não foi seguida por uma negativa da suposta e quase certa disputa presidencial. Pelo contrário, Kátia Abreu cogita acumular as funções de presidente da CNA e governadora do Tocantins.

"Além da CNA, que é a minha prioridade máxima, e do meu mandato de senadora pelo Tocantins, eu poderia inclusive ser candidata a governadora", cogita. "Vou fazer o que for necessário. A minha prioridade no momento é a produção agropecuária. Não é nem ser vice de alguém a presidente e nem a governadora do Tocantins"

Em três meses, a CNA vai propor reformulação da estrutura do financiamento desenvolvida desde a posse da senadora pelo economista Guilherme Dias. Entre as mudanças, figura a extensão do Simples ao campo, a centralização da dívida rural em um único credor, no caso o Banco do Brasil, entre outras medidas ."Não podemos mais viver de improviso. precisamos de mecanismos de mercado para gerenciar o agronegócio brasileiro", decreta.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 11)(Gilmara Botelho)