Título: TSE extingue pedido de Edmar para deixar DEM
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Fonte: Gazeta Mercantil, 03/03/2009, Brasil, p. A11

Brasília, 3 de Março de 2009 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou ontem, sem a análise do mérito da questão, o pedido de declaração de justa causa feito pelo deputado Edmar Moreira (MG) para sair do Democratas (DEM).

Para o ministro Felix Fischer, relator da matéria na Corte eleitoral, como o Democratas já desfiliou o parlamentar envolvido em escândalo, o melhor a fazer com a demanda é extingui-la.

Edmar Moreira alegou que estava sendo perseguido pela cúpula do partido. O deputado é acusado de fraudar o Instituto Nacional de Assistência e Previdência Social (INSS), não declarar à Justiça Eleitoral a posse de um castelo luxuoso que construiu em São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais, e usar os recursos da verba indenizatória para beneficiar suas empresas de segurança privada.

RenúnciaO escândalo surgiu depois que Moreira foi eleito segundo vice-presidente e corregedor da Câmara. O parlamentar, que não tinha o apoio do Democratas para se candidatar e renunciou aos cargos após as denúncias, foi substituído por Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA).

Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO) afirmou que conversará com os advogados do partido para saber se a legenda pode pedir ao Tribunal Superior Eleitoral o direito de ocupar a vaga de Moreira na Casa, uma vez que o deputado mineiro abandonou a sigla.

Caiado reconheceu, no entanto, que esse não é um caso típico de infidelidade partidária o que envolveu o deputado Edmar Moreira.

"O partido sempre vai tentar recuperar sua vaga, mas essa não é uma situação como as anteriores. O fato é inédito", disse à Reuters.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 11)(Reuters)