Título: Petrobras anuncia nova jazida no pré-sal
Autor: Cardoso, Denis
Fonte: Gazeta Mercantil, 15/04/2009, Infraestrutura, p. C2

São Paulo, 15 de Abril de 2009 - A Petrobras encontrou um novo reservatório de petróleo leve no bloco BM-S-9, na área do pré-sal da bacia de Santos, informou a estatal ontem. A empresa, que tem 45% de participação no bloco e é a operadora, em consórcio formado com a BG Group e a Repsol, não disse, porém, o volume provável de petróleo existente no local.

O bloco BM-S-9 é composto por duas áreas de avaliação, os promissores poços chamados de Carioca e Guará. O novo poço foi batizado de Iguaçu.

Além de informar a descoberta da nova jazida, a estatal brasileira disse que vai perfurar um novo poço na área de avaliação nos próximos dias.

"O consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação das jazidas descobertas nesta área, conforme o plano de avaliação aprovado pela ANP", disse em comunicado.

O bloco BM-S-9 está próximo ao campo gigante de Tupi, no bloco BM-S-11, onde a Petrobras estima existirem reservas recuperáveis de 5 a 8 bilhões de barris. Além de Tupi, a estatal só estimou reservas na bacia de Santos para o campo de Iara (3 a 4 bilhões de barris).

O BM-S-9 tem sido alvo de grande especulação sobre o potencial de suas reservas, o que motivou a estatal a divulgar comunicado em fevereiro esclarecendo que ainda não havia chegado a dados sobre os volumes de petróleo contidos na área.

A nova jazida está a uma profundidade de 4.900 metros, a cerca de 340 quilômetros da costa do Estado de São Paulo.

Gás na BahiaA Petrobras também comunicou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) que encontrou mais indícios de gás natural no bloco BCAM-40, na bacia de Camamu Almada, na Bahia, em frente à região turística de Morro de São Paulo. No mesmo bloco a empresa já havia descoberto o campo de Manati, em produção desde 2006.

Além do campo de gás de Manati, o Bloco BCAM-40 possui mais de 507 quilômetros quadrados de área atualmente em exploração, em águas rasas e profundas, segundo o site de uma das sócias do projeto, a norueguesa Norse Energy. Fazem parte também do consórcio a Queiroz Galvão e a Brasoil, que assinaram contrato com a Petrobras na chamada rodada zero, antes dos leilões da ANP. A Petrobras tem 35% do ativo e é operadora do bloco.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2)(Reuters)