Título: Em clima estável, Ibovespa sobe 0,03%
Autor: Correia,Vanessa
Fonte: Gazeta Mercantil, 12/03/2009, Finanças, p. B4

São Paulo, 12 de Março de 2009 - Depois de um início de sessão positivo, o movimento comprador perdeu ontem força e cedeu espaço à volatilidade. Ainda assim, a tendência externa prevaleceu, levando o índice acionário da BMF Bovespa a marcar valorização de 0,03%, aos 38.804 pontos. O giro financeiro somou R$ 3,62 bilhões. Enquanto no acumulado do ano as bolsas de valores de Nova York apresentam fortes desvalorizações, o Ibovespa acumula ganhos de 3,34%. "Há uma tendência de que esse descolamento diminua, principalmente em função do grande volume de notícias positivas vindas dos Estados Unidos", afirma Fábio Amaral Lemos, gestor de renda variável da Gradual Corretora. Mas todas as atenções do dia estiveram voltadas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), sobre a taxa básica de juros. A entidade monetária anunciou corte de 1,5 ponto da taxa básica de juros. As expectativas quanto à decisão do colegiado do Banco Central (BC) cresceram após o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, referente ao quarto trimestre de 2008, o qual apresentou uma contração de 3,6%. "O corte na Selic já está precificado. A maior divergência entre os analistas é saber se o governo federal vai acelerar o movimento de corte agora ou promovê-lo gradativamente ao longo do ano", ressaltava,, antes da decisão, o gestor da Gradual.

Lemos apostava em um corte de 1,5 p.p., o que acabou levando a taxa para 11,25% ao ano, mas afirmou que não se surpreenderia se viesse um corte de 2 p.p. "Até porque a contração de 3,6% no PIB brasileiro foi uma das maiores do mundo", completou.

Já no terreno externo, os principais mercados acionários norte-americanos encerraram no campo positivo. Rumores de nova proibição de venda a descoberto em Wall Street mantiveram os investidores na ponta compradora, depois de receberem, com bastante otimismo, as previsões positivas de lucro trimestral do Citigroup. No âmbito corporativo externo, o banco suíço UBS revisou para baixo seu balanço referente a 2008, com um prejuízo líquido de 20,89 bilhões de francos suíços (US$ 18 bilhões). A revisão deve-se, principalmente, ao acordo firmado entre a instituição com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com a Securities and Exchange Commission (SEC) no valor de US$ 780 milhões relacionado à acusação de que o UBS estaria auxiliando clientes a ocultar dados de contas bancárias para evasão de impostos.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Vanessa Correia)