Título: CPI dos Grampos toma depoimentos em SP
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 16/03/2009, Brasil, p. A11

Brasília, 16 de Março de 2009 - A Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara volta a tomar depoimentos e a manter contatos com autoridades à busca de esclarecimentos sobre os grampos clandestinos e sobre os processos em andamento em função desses grampos. Os trabalhos da CPI foram prorrogados até o dia 15 de abril para que ela possa continuar as investigações sobre as escutas clandestinas.

Amanhã, integrantes da CPI vão a São Paulo em diligência para conversar com os juízes do Tribunal Regional Federal, da 3ª Região, a respeito das investigações sobre as Operações Satiagraha e Chacal.

Os integrantes da comissão vão conversar com os juízes Fausto De Sanctis e Luiz Renato Pacheco, responsáveis pelos desdobramentos das operações Satiagraha e Chacal, respectivamente. O relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), informou que eles vão pedir aos juízes para liberem os documentos dessas duas operações para a CPI.

Na quarta-feira, às 12 horas, na sede do Departamento de Polícia Federal, em Brasília, os dirigentes e integrantes da CPI vão participar de audiência com o delegado Amaro Vieira Ferreira, responsável pelas investigações sobre o vazamento da Operação Satiagraha.

Também na quarta-feira, os integrantes da CPI dos Grampos vão à sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para a tomada dos depoimentos de Lúcio Fábio de Godoy de Sá, oficial de inteligência da Abin, e Jerônimo Jorge da Silva Araújo, agente de inteligência da Abin.

No Senado

Os senadores poderão votar na sessão plenária de amanhã o Projeto de Lei de Conversão 1/09, proveniente da Medida Provisória (MP) 447/08, que amplia os prazos de pagamento de impostos e contribuições, tais como Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/PASEP, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o recolhimento das contribuições previdenciárias.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que assina a justificação de motivos do texto original da MP, a proposta soma-se às demais medidas já adotadas para contornar os efeitos da crise financeira mundial , que tem provocado restrição de crédito e impacto no capital de giro das empresas brasileiras. Mantega afirma que as soluções adotadas, juntamente com outras estabelecidas por MPs de combate à crise financeira, possibilitam a manutenção do atual nível de atividade econômica e de investimentos privados.

A proposta aumenta entre cinco e dez dias os prazos de recolhimento dos tributos, com o objetivo de deixar por mais tempo no caixa das empresas o dinheiro reservado a esses pagamentos. Os prazos de pagamento dos tributos federais variavam do 10º ao 20º dia do mês seguinte ao do fato gerador.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 11)(Agência Brasil)