Título: Sindicatos avaliam extensão da crise
Autor: Arruda,Guilherme
Fonte: Gazeta Mercantil, 17/03/2009, Brasil, p. A8

Caxias do Sul (RS), 17 de Março de 2009 - O agravamento da crise econômica fez aparecer, ontem, o sinal amarelo nas relações entre o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico da Região Nordeste do Rio Grande do Sul (Simecs) e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos: amanhã, as duas maiores entidades da região se encontram para analisar mecanismos para evitar o aumento do desemprego.

Atualmente, 24 empresas utilizam a Flexibilização da Jornada de Trabalho, compreendendo mais de 17 mil empregados. O Simecs continua recebendo diversos pedidos de informação sobre formas de utilização da Flexibilização, instrumento que já consta na convenção coletiva da entidade há mais de 14 anos, sendo uma das pioneiras no Brasil - o texto serviu de base para criação do chamado Banco de Horas previsto no artigo 58 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

Flexibilização

Por meio de comunicado oficial, o Simecs informou que o desdobramento da crise econômica "vem ameaçando fortemente a sustentabilidade das empresas bem como o emprego de milhares de trabalhadores". O sindicado relata ainda que "muitos empregos foram mantidos ao longo do tempo, com a utilização deste expediente", numa referência direta ao uso do recurso da flexibilização.

Redução salarial

O recurso da flexibilização está sendo utilizada nas modalidades de compensação e supressão. Pela compensação, a jornada de trabalho é reduzida sem redução salarial e, oportunamente, haverá a compensação dos dias não trabalhados. Esta opção foi adotada pelo grupo Marcopolo, fabricante de carrocerias para ônibus, peças e componentes e produtos plásticos de Caxias do Sul (RS). Na modalidade de supressão de dias de trabalho, haverá o pagamento de 50% das horas não trabalhadas. Foi o que adotou as empresas do grupo Randon, fabricante de implementos rodoviários para transporte de carga, autopeças, silos e vagões ferroviários.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 8)(Guilherme Arruda)