Título: Barroso garante união do bloco no G20
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Fonte: Gazeta Mercantil, 17/03/2009, Internacional, p. A17

Londres, 17 de Março de 2009 - O presidente da Comissão Europeia (CE), órgão executivo da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso, demonstrou confiança ontem de que a Europa buscará falar uma única voz durante uma cúpula do G20 - grupo das economias mais ricas do mundo e as principais em desenvolvimento, como Brasil, China, Índia - , crucial para tentar sanar a crise do sobre o setor financeiro, apesar das divisões entre alguns dos principais atores do continente.

Os líderes da UE se reúnem esta semana em Bruxelas para tentar chegar a uma posição conjunta para enfrentar a crise financeira global antes da reunião de cúpula do G20 em Londres, dia 2 de abril. "A Europa deve falar com uma só voz em Londres e acho que faremos isso", disse Barroso, depois de um encontro com o primeiro-ministro Gordon Brown.

"É muito importante não só para a Europa, mas para o mundo, que tenhamos esse sucesso aqui em Londres", disse ele em uma coletiva de imprensa.

Endosso de Brown

Brown endossou Barroso para um segundo período de 5 anos como presidente do braço executivo da União Européia. A França, a Itália, a Finlândia e a Espanha também apoiaram publicamente a permanência de Barroso.

Os ministros das Finanças do G20 prometeram em uma reunião na Inglaterra no último sábado salvar as problemáticas economias dos mercados emergentes e disseram que usariam todo o seu poder fiscal e monetário para combater a pior crise desde 1930.

Mas no preparação para a cúpula têm havido divisões entre atores-chave. A França e a Alemanha rejeitam as exigências dos Estados Unidos para que gastem mais a fim de pôr fim à recessão e dizem que a reunião do G20 deveria focar em uma regulamentação mais rígida. A Grã-Bretanha tende a ficar do lado dos EUA em relação a esse assunto.Barroso pediu que os países "evitem a escolha falsa entre incentivo fiscal ou uma regulamentação melhorada. A realidade é que precisamos de ambos e eu acredito que vamos ver uma convergência dentro da Europa e com nossos parceiros internacionais em relação a isso".

Ambos os líderes enfatizaram a necessidade de resistir ao protecionismo, e Barroso disse que a Europa deveria focar na implementação de pacotes de incentivo econômico já aprovados em vez de desenhar outros.

"A UE e seus membros irão injetar US$ 517 bilhões na economia em 2009 e 2010, pelo menos 3% do PIB., disse ele.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 17)(Reuters)