Título: Crédito de R$ 4 bi do FGTS deve gerar 206 mil empregos
Autor: Urbanin, Carina
Fonte: Gazeta Mercantil, 17/04/2009, Brasil, p. A6

São Paulo, 17 de Abril de 2009 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que as linhas de crédito no valor total de R$ 4 bilhões, que serão destinados por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos setores de saneamento (R$ 3 bilhões) e infraestrutura urbana (R$ 1 bilhão), deverão gerar 206 mil novos empregos em 2009. "E isso é só o começo", destacou o ministro, completando que ajudas aos principais setores geradores de emprego deverão continuar.

De acordo com o ministro, serão criadas 195 mil postos de trabalho no setor de saneamento e 65 mil em transporte.

O crédito será fornecido a taxa de juros entre 7% e 8% ao ano (6% ao ano destinados à remuneração do FGTS e 1% a título de taxa de risco de crédito do agente operador) mais TR.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, ressaltou a importância dos investimentos para o setor de transporte. "Além de qualidade, precisamos de quanti-dade. Não adianta ter novas vias, se não tivermos novos ônibus, metrôs e trens."

Ele também lembrou que a indústria automotiva é uma das mais afetadas pela crise internacional. "Além de melhorar o transporte público, essas empresas terão crédito para investimentos, o que ajudará a evitar demissões", considerou.

Ainda segundo Fortes, a destinação de verbas do FGTS para os setores deverá continuar nos próximos anos. "Ainda não temos valores definidos. Isso será estudado. Mas a previsão é de que os investimentos crescerão", afirmou o ministro das Cidades.

Carlos Luppi ainda fez previsões otimistas para a economia brasileira. "Me desculpem os pessimistas, mas em 2009 o Brasil crescerá muito mais do que o esperado", disse, ao comentar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta semana, que apontaram crescimento de 0,11% no mercado de trabalho brasileiro. "O ritmo da evolução do emprego está de acordo com o esperado em um País que passa por crise", avaliou, completando que não devem ser feitas comparações em relação a 2008. "No ano passado não tinha crise. Agora tem.

É outro momento."

As declarações foram feitas ontem, após os ministros assinarem resolução do Conselho Curador do FGTS oficializando a destinação das verbas, em reunião na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), em São Paulo.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Carina Urbanin/InvestNews)