Título: IGP-M segue em queda na 2ª- prévia de abril
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Fonte: Gazeta Mercantil, 23/04/2009, Brasil, p. A4

São Paulo, 23 de Abril de 2009 - O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,33% na segunda prévia de abril, o que representa um recuo de 0,03 ponto percentual em relação à taxa de igual período do mês passado. No ano, o indicador acumula variação negativa de 1,25% e, em 12 meses, alta de 5,19%, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Preços por Atacado (IPA) apresentou queda de 0,64% na segunda prévia de abril, bem próximo à deflação de 0,65% registrada no mesmo período do mês anterior.

A variação dos Bens Finais recuou de 0,34% para 0,14%. A maior contribuição para esta desaceleração teve origem no subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,78% para -0,08%. O índice de Bens Intermediários também recuou, de uma queda de 0,54%, em março, para uma deflação de 1,57%, em abril. O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que intensificou a queda de 0,63% para 1,61%, segundo a FGV.

O grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,17% para -0,15% na segunda prévia. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (-7,98% para 2,54%), leite in natura (-0,31% para 2,76%) e café (em grão) (-3,23% para 1,64%). Ao mesmo tempo, registraram decréscimos em suas taxas os itens: minério de ferro (2,45% para -5,53%), laranja (5,01% para -2,31%) e algodão (em caroço) (0,97% para -4,65%).

Ainda dentro do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,31% em março para 0,47%, no segundo decêndio de abril. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração. Destaque para Alimentação, que subiu de 0,19% para 0,96%. As maiores influências partiram dos itens hortaliças e legumes (2,12% para 4,58%), frutas (1,18% para 4,18%) e carnes bovinas (-3,21% para -1,20%).

Também seguiram trajetórias ascendentes as taxas dos grupos: Despesas Diversas (0,13% para 0,81%), Vestuário (-0,03% para 0,40%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,65%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: cigarros (0,00% para 1,80%), roupas (-0,22% para 0,73%) e medicamentos em geral (0,34% para 0,70%), respectivamente.

Em sentido contrário, apresentaram recuos em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,430,43% para -0,14%), Educação, Leitura e Recreação (0,18% para -0,13%) e Habitação (0,41% para 0,33%). Nestes grupos, merecem destaque os itens: álcool combustível (1,14% para -3,10%), passagens aéreas (-3,26% para -9,53%) e aluguel residencial (0,80% para 0,59%), respectivamente.

Construção civil

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou deflação maior na segunda prévia de abril, em relação a igual amostragem de março, passando de -0,04% para -0,24%. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços recuou de -0,17%, na apuração de março, para -0,50%, em abril. O índice que capta o custo da Mão-de-Obra também caiu de 0,12% em março para 0,07%, em abril.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 4)(InvestNews)