Título: No RS, Tarso formaliza sua candidatura dentro do PT
Autor: Hahn,Sandra
Fonte: Gazeta Mercantil, 25/04/2009, Nacional, p. A14

O ministro da Justiça, Tarso Genro, vai inscrever amanhã seu nome como pré-candidato do PT ao governo gaúcho. O partido definiu prazo até 30 de abril para registro dos filiados que pretendem concorrer nas próximas eleições. Além de Tarso, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, também buscará a indicação do PT para concorrer ao Palácio Piratini, sede do Executivo estadual. A inscrição de Vanazzi está agendada para o dia 30, disse o secretário de Organização da sigla, Adriano Oliveira.

Em vez de prévias para escolher o candidato, o PT decidiu realizar uma sequência de 27 encontros regionais até o final de maio e eventos municipais em julho. Os encontros municipais indicarão delegados que irão deliberar sobre alianças, conjuntura política e outros temas em reunião estadual nos dias 18 e 19 de julho, quando os nomes para as chapas proporcional e majoritária devem ser definidos. Com esse modelo, o PT espera preservar o melhor das prévias, com debate e mobilização, e evitar o desgaste de uma disputa interna, afirmou Oliveira. A fórmula também antecipa a decisão, já que as prévias, pelo estatuto do partido, só poderiam ser feitas em 2010.

O prefeito de São Leopoldo elogia o processo. "Foi a melhor coisa que o PT fez nos últimos dez anos." Em sua opinião, o modelo recupera a participação política da base partidária. "A prévia entra no debate pessoal, individual", disse Vanazzi, que integra a corrente interna Articulação de Esquerda.

Tarso, que já disputou três prévias, tem dito que o PT está mudando a forma de resolver questões internas, que agora pendem mais para "diálogo" e "persuasão". Ele tem apoio das correntes Mensagem ao Partido, Esquerda Democrática, A Rede, Democracia Socialista e PT Amplo e Democrático.

Ao mesmo tempo, a direção estadual conversa com possíveis partidos aliados. Vanazzi defende que seja formado um bloco com tradicionais parceiros para depois agregar outras legendas. Na política de alianças, Tarso tem reiterado que o PT precisa abrir o leque de siglas, em busca de um governo de maioria.