Título: Exemplos no mundo
Autor: Araújo, Saulo
Fonte: Correio Braziliense, 26/03/2011, Cidades, p. 25

São Paulo, Brasil É semelhante ao que se pretende adotar no DF. Às segundas-feiras, carros de placas com fins 1 e 2 não podem circular na capital paulista. Na terça, ficam proibidos os com fins 3 e 4. Na quarta, 5 e 6. Na quinta, a restrição atinge quem tem automóveis de placas com fins 7 e 8; e, na sexta-feira, a limitação é para os veículos com fins 9 e 0. Desrespeitar as normas do rodízio na cidade implica infração de nível médio, multa de R$ 85,12 e inclusão de quatro pontos na carteira do motorista. Apesar da medida radical, ano após ano a metrópole registra recordes de congestionamentos.

Londres, Inglaterra A cobrança de pedágio dos carros que circulam na região central começou em 2003. Apesar de a capital ter uma malha de transportes públicos eficiente ¿ com ônibus de dois andares, trens e mais de 400 quilômetros de linhas de metrô rápidos, confortáveis e integrados ¿, a preferência pelo carro tornou-se ruim para a fluidez do trânsito. Como as campanhas em favor do transporte coletivo não surtiram o efeito desejado, Londres adotou mudanças radicais, como injetar mais de 110,5 milhões de libras na melhoria do transporte público e cobrar 8 libras (cerca de R$ 30) por dia aos motoristas que desejam circular pelo centro da cidade. Logo após a aplicação da medida, registrou-se redução de 21% no fluxo de veículos na região e aumento de 43% no número de bicicletas.

Estocolmo, Suécia Em referendo realizado em 2007, a população aprovou o pedágio urbano, com o objetivo de reduzir o tráfego e melhorar a qualidade do ar. A cidade também taxou os carros que vão ao centro das 6h30 às 18h30. O controle é feito por um transmissor acoplado nos veículos, além de câmeras de vídeo instaladas nas vias que levam ao centro da capital. O valor pode oscilar de acordo com o horário (até 10 euros pela manhã e entre 2 e 15 euros à tarde). Os pedágios mais caros são cobrados durante os horários de pico. Depois das mudanças, houve redução de 50% dos congestionamentos, e as emissões de poluentes caíram 14%.