Título: Prorrogação de prazos exploratórios é negada
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Fonte: Gazeta Mercantil, 14/05/2009, InfraEstrutura, p. C7

Rio de Janeiro, 14 de Maio de 2009 - A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) negou por unanimidade pedido de prorrogação por quatro anos do prazo exploratório dos blocos BM-S-8, BM-S-9, BM-S-10, BM-S-11 e BM-S-21, no pré-sal da bacia de Santos, informou ontem a autarquia.

Com isso, o BM-S-9 (Carioca e Guará) continua com prazo para os planos de avaliação de 11/11/2011 e 11/11/2012; o BM-S-10 (Parati) de 31/08/2011; o BM-S-11 (Tupi e Iara) de 11/11/2010; e o BM-S-21 (Caramba) de 29/08/2009.

De acordo com a decisão da diretoria, em reunião realizada na terça-feira, o bloco BM-S-8 (Bem-Te-Vi) teve extensão de prazo apenas para "atividades contingentes", até 2012, com as "atividades firmes" mantidas para 2010.

O pedido de extensão do prazo havia sido feito pela Petrobras e parceiros no fim do ano passado por conta de perspectivas de atraso no recebimento de equipamentos para explorar a região. A ANP resolveu também suspender o curso do prazo para o BM-ES-29, na bacia do Espírito Santo, "até a manifestação final sobre o licenciamento ambiental, quando será feito o cálculo de dias a repor", explicou a assessoria da ANP. O BM-ES-29 é operado pela Repsol e foi adquirido na 7ª rodada da ANP.

Carioca e Guará pertencem à Petrobras, operadora com 45%, seguida da BG com 30% e Repsol-YPF com 25%. Parati é da Petrobras, operadora com 65%, seguida de BG com 25% e Partex, com 10%; Tupi e Iara pertencem à Petrobras, com 65%, BG Group com 25% e Galp, com 10%; e Caramba é dividido em 80% da Petrobras e 20% da Galp.

A ANP não divulgou mais detalhes sobre a decisão, tampouco os motivos para a não prorrogação dos prazos. A Petrobras informou que não havia ninguém imediatamente disponível para comentar o assunto. A estatal brasileira possui um ousado plano de investimentos, que alguns analistas consideram exagerado, e está buscando financiamento com vários agentes no mercado para manter todos os projetos em curso.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7)(Reuters)