Título: Alta de 0,59% do IPCA-15 supera projeções
Autor: Stecanella,Vanessa
Fonte: Gazeta Mercantil, 25/05/2009, Brasil, p. A7

Investnews, 25 de Maio de 2009 - A prévia da inflação subiu em maio mais que o esperado pelo mercado financeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste mês, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,59%, ficando 0,23 ponto percentual acima da preliminar de abril. Em maio de 2008, o IPCA-15 foi 0,56%.

Para analistas, o ajuste de preços administrados pressionou com maior intensidade que o previsto a inflação na primeira quinzena do mês, mas isso não é motivo de preocupação. Apesar disso, as projeções para o IPCA deste mês devem ser elevadas - o último Boletim Focus apontava previsão de alta de 0,35%. De qualquer forma, para eles, trata-se de uma elevação concentrada que não deve contaminar a inflação ao longo do ano, permitindo que o IPCA termine este ano dentro da meta fixada em 4,5% pelo governo.

Em maio, ainda refletindo o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o preço dos cigarros apresentou alta de 18,42%. Já os remédios tiveram acréscimo de 3,21%, por conta da autorização do governo para reajuste anual dos preços. De acordo com o IBGE, juntos, esses dois itens responderam por 44% do índice. Mas ainda houve contribuição da elevação da tarifa de energia elétrica (1,85%) e do aumento do salário de empregado doméstico (1,35%). Com isso, o agrupamento de produtos não alimentícios teve variação positiva de 0,68%, acima da taxa de abril (0,41%).

A expansão do IPCA-15 também foi influencia por itens relacionados a alimentação (0,2% para 0,29%), sendo que o leite pasteurizado foi o que preço que mais subiu (0,99% para 6,26%). Ficaram mais caros o quilo da batata-inglesa (de 10,22% para 18,47%), das carnes (de -1,98% para 0,74%) e do tomate (de -3,75% para 6,69%).

Por outro lado, açúcar refinado (de 7,81% para 1,05%), açúcar cristal (3,85% para -1,33%) e hortaliças (de 5,56% para -5,39%) apresentaram preços menores de um mês para o outro. Continuaram em queda: arroz (de -1,84% % para -3,13%) ), feijão carioca (de -11,38% para -7,51%) e feijão preto (de -12,59% para -10,66%).

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 7)(Vanessa Stecanella)