Título: Agência deve estimular exportações, diz BNDES
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Fonte: Gazeta Mercantil, 28/05/2009, Brasil, p. A6

Brasília, 28 de Maio de 2009 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão articulando a criação de uma agência de crédito para exportações, o Eximbank brasileiro.

De acordo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o banco já financia exportações, mas a criação de uma subsidiária ou de uma nova instituição dentro do sistema financeiro brasileiro ofereceria serviços mais completos nessa área. "Uma agência de crédito às exportações, que quase todos os países têm, presta um conjunto de outros serviços e modalidades. Por exemplo, garantias, oferta de seguros e financiamentos também à exportações sob certas condições", explicou Coutinho.

Para ele, o financiamento à exportação, quando combinado com outros fatores, "é mais poderoso". A criação do Eximbank já havia sido anunciada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, segundo o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalizou a ideia. Coutinho não quis, entretanto, adiantar quando a agência de crédito sairá do papel. "Prefiro trabalhar primeiro e anunciar depois. Estamos ainda num processo de modelagem dessa ideia."

Luciano Coutinho ressaltou que ainda serão necessárias adaptações legislativas para que o BNDES possa fazer esse tipo de operação, caso o Eximbank seja criado como uma subsidiária do banco.

O presidente do BNDES participou ontem de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), para tratar de crise econômica. Para ele, o País "resistiu de forma brilhante ao teste de estresse" imposto pela conjuntura econômica mundial nos últimos meses.

No que depender do mercado interno brasileiro, Coutinho estima que o País pode voltar a crescer 4% em 2010. "Aquilo que depende do mercado interno e de decisões autônomas irá muito bem. Isso dá suporte para a economia brasileira ter um crescimento mínimo de 4%, mas poderia crescer 6% ou 7%", explicou.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Agência Brasil)