Título: IPC-S desacelera e aumenta 0,19%
Autor: Cristina Borges Guimarães
Fonte: Gazeta Mercantil, 28/09/2004, Nacional, p. A-4

Recuo de 0,16 ponto percentual foi a terceira desaceleração consecutiva no índice semanal. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado com base nos preços coletados entre os dias 18 de agosto e 17 de setembro de 2004 subiu 0,19%, comparados aos preços apurados entre os dias 18 de julho e 17 de agosto de 2004. Houve recuo de 0,16 ponto percentual (p.p.) em relação à edição anterior, encerada uma semana antes, que haviam registrado alta de 0,35%. Foi a terceira desaceleração semanal consecutiva desse indicador.

Habitação e transportes foram os grupos que mais pressionaram o índice no sentido de alta. A influência conjunta desses dois grupos somou 0,20 p.p. Em contrapartida, a deflação verificada para o grupo alimentação (¿0,34%), contribuiu com ¿0,10 p.p. para a ampliação da desaceleração do indicador. Apesar de serem as maiores influências, o grupo habitação desacelerou, passando de uma alta de 0,44% na semana anterior para 0,36%. Transportes também recuou de uma elevação de 0,87% para 0,54%. Os demais grupos aceleraram. Vestuário passou de um aumento de 0,72% para 0,98%; saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,17% frente a alta de 0,12% registrada na semana anterior; educação, leitura e recreação ficou praticamente estável ao passar de 0,32% para os atuais 0,34%. O grupo despesas diversas por sua vez reduziu a taxa de deflação de ¿0,33% para ¿0,17%.

As maiores contribuições para a elevação da taxa do grupo habitação partiram dos reajustes captados para telefonia fixa (de 1,29% para 1,65%) e taxa de água e esgoto (de 1,13% para 1,48%), ambos autorizados a partir de 1º de setembro. Os combustíveis continuam sendo os grandes responsáveis pela desaceleração da taxa do grupo transportes. Álcool e gasolina cujas variações passaram, respectivamente, de 7,40% para 5,17% e de 1,43% para 0,48%, tiveram sua influência reduzida, mas ainda contribuem com 66,67% da influência total gerada pelo grupo.

Nesta edição, todas as capitais apresentaram desaceleração em suas taxas. Porto Alegre acentuou a deflação, com ¿0,60% (ante ¿0,46 na semana anterior). Já Belém ficou com a maior, 0,67%. Curitiba registrou a maior desaceleração, de 0,52 p.p. Em São Paulo, a inflação desacelerou de 0,25% para 0,22%. No Rio de Janeiro, passou de 0,55% para 0,30%. Já em Belo Horizonte a taxa de inflação foi de 0,56%, ante 0,65% na semana anterior.