Título: Brasil encara de frente a propaganda mundial
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Fonte: Gazeta Mercantil, 04/10/2004, Panorama Setorial, p. A-8

Como a música, o futebol ou o agronegócio, a atividade publicitária do Brasil compete em termos de igualdade com o Primeiro Mundo, e não apenas pela qualidade dos seus anúncios como também pelo volume dos investimentos do setor. O Brasil é o maior mercado publicitário da América Latina e está entre os dez maiores do mundo. Em 2003, de acordo com os dados do Projeto Inter-Meios, o movimento do mercado publicitário foi de R$ 14,8 bilhões, revertendo dois anos de estagnação. Para este ano é esperado um substancial aumento.

Operam no Brasil cerca de 4 mil agências de publicidade, identificadas pela Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), além de aproximadamente 10 mil "corretores de anúncios" ou "agenciadores de propaganda". Há uma evidente concentração no setor, mas as maiores agências não dominam o mercado brasileiro da maneira como os grandes grupos controlam a publicidade de países desenvolvidos. Daquele total, 86% - 3,4 mil agências - tinham receita anual inferior a R$ 500 mil por ano. No topo da pirâmide, sete agências conseguiram receita superior a R$ 50 milhões; 19 delas oscilam entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões e 38, entre R$ 7 milhões e R$ 20 milhões.

O maior número de agências de propaganda está no Sudeste, com quase 60% - São Paulo 40%, Minas Gerais 10% e Rio 7,5%. São Paulo, além de ter o maior número de agências, concentra as de grande porte. Das 26 com receita superior a R$ 20 milhões, 21 estão sediadas nesse estado. O Rio de Janeiro tem três, e o Paraná e Minas Gerais, uma cada um.