Título: Demanda vai aumentar
Autor: Dimalice Nunes
Fonte: Gazeta Mercantil, 19/10/2004, Finanças, p. B-2

A demanda por crédito tende a aumentar até o final do ano com a melhora do nível de atividade econômica e a proximidade do Natal. A estimativa é do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira.

Para o executivo, o crédito deve fechar 2004 com crescimento entre 25% e 30% em relação ao ano passado. Ele ressalta que com a chegada do final do ano, algumas linhas de crédito com recursos livres - como capital de giro, hot money, vendor e desconto de duplicata - registram efeitos sazonais e têm aumento de concessões.

"A tendência é que as concessões se mantenham crescendo pelos próximos meses para financiar estoques, pela necessidade de aumentar o giro associado ao aumento do nível da atividade econômica", afirmou. "Por outro lado existe a tendência de aumento da taxa Selic, atualmente em 16,25% ao ano, o que acaba inibindo o consumidor e empresários".

Na sondagem realizada pela InvestNews com instituições financeiras, a taxa média das operações de crédito pessoal ficou em 5,2% ao mês, enquanto a do cheque especial foi de 8,25%.

Já nos empréstimos direcionados para as empresas, como o hot money, a taxa ficou entre 3,74% e 5,46% ao mês. No vendor e compror, as taxas oscilaram de 37,35% a 63,70% ao ano. Nas operações com capital de giro, o custo variou de 44,35% a 70,20% ao ano. Nas transações com desconto de duplicata e de cheque, a taxa ficou entre 2,28% e 3,48% mensais. Já na conta garantida, o custo variou de 3,91% a 5,98% a.m.