Título: Exportações mineiras cresceram 34,89% no acumulado do ano.
Autor: Durval Guimarães
Fonte: Gazeta Mercantil, 19/10/2004, Gazeta do Brasil, p. A-13

As exportações do Estado de Minas Gerais cresceram 34,89% no acumulado de janeiro a setembro de 2004, em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 7,23 bilhões. Segundo o chefe do Departamento Econômico da Associação Comercial de Minas Gerais, Rodrigo Petrillo, a disseminação dos consórcios de exportações e a maior participação dos produtos mineiros em feiras internacionais contribuíram para o resultado.

A balança comercial do estado apresentou crescimento de 42,05% entre os meses de janeiro e setembro deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 5,07 bilhões. O Estado de Minas Gerais continua como o quarto maior exportador do País. Segundo o economista Rodrigo Petrillo, a cotação do dólar ainda está em um bom patamar para as vendas externas.

Já as importações chegaram a US$ 2,16 bilhões no acumulado deste ano, 20,62% maiores do que o mesmo período de 2003. "As compras de bens de capital contribuíram para o incremento das importações de Minas Gerais ", explicou Petrillo. Somente no mês de setembro, o estado importou US$ 243,5 milhões e exportou US$ 1,015 bilhão.

Argentina e Taiwan

Dentre os países que mais compraram do estado, destaque para a Argentina, que continua com crescimento expressivo, atingindo 79,28% nos nove primeiros meses do ano, e Taiwan, que entrou para a lista dos dez maiores compradores do estado. Quanto às importações, merecem destaque os crescimentos das compras da China (103%), Canadá (46,19%) e Peru (45,41%).

Mas, no que ser refere a exportações, a China apresenta um quadro de desaceleração de suas compras. "O fato é que os grandes contratos de exportações, principalmente de produtos minero-metalúrgicos, já foram assinados e os embarques começaram meses atrás. Portanto, o aumento já não é mais tão significativo", disse Petrillo. Quando o assunto são os blocos econômicos, Minas Gerais conseguiu exportações maiores para o Mercosul e Aladi, com crescimento no acumulado do ano de 76,68% e 76,05%, respectivamente. Para o Mercosul a justificativa é a forte retomada dos negócios com a Argentina.