Título: Forte desaceleração no IGP-10 mas o IPC da Fipe sobe mais
Autor: Ana Cecília Carvalho
Fonte: Gazeta Mercantil, 19/08/2004, Nacional, p. A-4

O aumento do IGP-10 foi de 0,84% e a alta do IPC-Fipe, de 0,81%. O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) aumentou 0,84% no período de 11 de julho a 10 de agosto, em comparação com os 30 dias anteriores, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados ontem. No mês anterior, o indicador havia subido 1,31%. No acumulado deste ano, o IGP-10 já soma elevação de 9,2% e nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 11,94%.

Todos os três componentes do IGP-10 - o Índice de Preços no Atacado (IPA-10), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC-10) - registraram desaceleração em relação ao mês passado. O IPA-10 avançou 0,93%, ante a alta de 1,54% verificada na apuração anterior, o IPC-10 subiu 0,63%, ante a elevação de 0,77% em julho, e INCC-10 aumentou 0,79%, frente a alta de 1,10% apontada no mês passado.

No varejo, os itens que apresentaram as maiores altas foram as tarifas residenciais de eletricidade (3,82%) e telefone (3,46%). No atacado, os três itens que mais pressionaram a inflação no período de referência foram: leite `in natura¿ (4,9%), mandioca (18,01%) e tomate (46,48%). A soja, com deflação de 12,48%, foi item que mais contribuiu para a desaceleração do IPA-10.

IPC-Fipe sobe para 0,81%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) subiu 0,81% na prévia de quatro semanas encerrada na segunda semana de agosto, ante a variação de 0,67% da prévia anterior. No mesmo período no mês de julho, o índice registrava alta de 0,82%. O IPC mede a variação dos preços nas despesas de famílias com renda de até 20 salários mínimos no município de São Paulo.

Entre os sete grupos pesquisados pela Fipe, três indicaram aceleração no aumento de preços em comparação com a quadrissemana anterior, dois desaceleraram e dois registraram deflação. O grupo saúde desacelerou, passando de um aumento anterior de 2,12% para 1,89% nesta quadrissemana. Transportes subiu 0,89%, ante a alta de 0,98%. E o grupo despesas pessoais registrou deflação de 0,19%, frente a alta de 0,10% apurada na primeira quadrissemana de agosto. Já o grupo vestuário reduziu a taxa de deflação: teve agora variação negativa de 0,83%, frente queda de 1,46% apurada na prévia anterior.

Habitação foi o grupo que liderou o avanço (de 0,87% na primeira prévia do mês para 1,28% na segunda quadrissemana de agosto). Alimentação apresentou alta de 0,79%, ante a elevação de 0,63% da primeira prévia. O grupo educação se manteve praticamente estável, passando de 0,08% para 0,09% nesta quadrissemana.

Na segunda quadrissemana de julho, todos os grupos haviam registrado inflação: habitação (0,17%), alimentação (1,06%), transportes (1,81%), despesas pessoais (0,97%), saúde (1,34%), vestuário (0,3%) e educação (0,21%).