Título: IPC-Fipe sobe 0,38% em São Paulo; atacado segura IGP-M
Autor: Ana Cecília Carvalho
Fonte: Gazeta Mercantil, 21/10/2004, Nacional, p. A-4

Pesquisas da USP e FGV não refletem ainda impacto dos combustíveis. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) acelerou 0,38% na segunda quadrissemana do mês de outubro, frente a uma variação positiva de 0,27% na semana anterior. No mesmo período do mês de setembro, o índice registrava alta de 0,56%. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda de até 20 salários mínimos.

Entre os sete grupos monitorados pelo IPC-Fipe, seis indicaram preços acima dos registrados na semana passada. Liderando o avanço da inflação com a chegada das coleções de verão, o grupo vestuário acelerou 0,93% diante da alta de 0,64% na semana anterior.

Transportes ficou em 0,64%, frente a uma variação positiva de 0,50% na primeira prévia de outubro. Habitação apontou avanço de 0,02 ponto percentual, passando de 0,54% para 0,56% nesta quadrissemana. Saúde apresentou alta relevante, de 0,26% para 0,48% na segunda prévia do mês.

Por último, o grupo alimentação, que passou de uma deflação de 0,33% da semana anterior para uma queda de 0,11% nesta semana. Em sentido oposto encontra-se o grupo educação, que caiu de 0,09% para 0,07% nesta segunda prévia. O grupo despesas pessoais manteve-se estável, com uma alta de 0,25%.

Índice do IGP-M perde fôlego

Na segunda prévia de setembro, os grupos pesquisados pela Fipe registravam as seguintes variações: Habitação variou de 1,27%; Alimentação apresentou alta de 0,09%; Transportes ficou em 0,73%; Despesas Pessoais indicou deflação de 0,14%; Saúde apontou variação de 0,21%; vestuário alta de 0,17% e educação com taxa de 0,10%.

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou uma variação de 0,12% na segunda prévia de outubro, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas. Na segunda prévia do mês passado, o índice pesquisado pela FGV ficou em 0,61%. Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA), subiu 0,06%, após alta de 0,77% na segunda medição do mês passado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou deflação de 0,04% nesta apuração, após aumento de 0,14% no mesmo período de setembro. O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), registrou alta de 0,91% na segunda prévia de outubro, ante 0,71% .

A segunda prévia do IGP-M foi calculada com base em preços coletados entre os dias 21 de setembro e 10 de outubro. Os pesos dos componentes IPA, IPC e INCC no índice correspondem a 60%, 30% e 10%, respectivamente.

Tanto o IGP-M quanto o IPC/Fipe não trazem ainda o impacto do aumento dos combustíveis, em vigor desde o dia 15. Na semana passada a Petrobras anunciou um aumento de 2,4% para a gasolina e de 4,8% para o diesel nas refinarias, incluindo os impostos. A expectativa é que o impacto médio no preço final ao consumidor fique em 1,6%, na gasolina, e de 3,8% no diesel.