Título: Limites para investir em PPP preocupa
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Fonte: Gazeta Mercantil, 22/10/2004, Finanças & Mercados, p. B-2

A participação dos fundos de pensão nos projetos de Parceiras Público Privadas (PPP) continua gerando críticas. Os fundos, principalmente as grande fundações patrocinadas por empresas estatais como, com Previ (do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras e Funcef (da Caixa Econômica Federal), tem manifestado seu interesse em participar dos projetos, desde que (com sempre frisam seus dirigentes) eles seja rentáveis para os participantes. Afinal, o dinheiro que administram hoje é aposentadoria de amanhã.

Na quarta-feira, a divulgação pela imprensa de uma proposta feita no senado, impondo condições para a participação dos fundos no PPP causou apreensões no setor. Pela proposta, os fundos seriam obrigados a investir nos projetos sem direito de escolher os mais adequados a seu perfil de investimentos.

Para Fernando Pimentel, presidente da Abrapp, a associação dos fundos de pensão que congrega cerca de 300 entidades, estabelecer limites para os investimentos dos fundos seria um total retrocesso e pode desestimular o crescimento do setor. O sistema deslanchou exatamente com o estabelecimento de critérios de transparência e com a extinção de limites mínimos de aplicações em determinados ativo, afirmou ele. A resolução 3121, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou os investimentos exatamente para proteger os participantes e qualquer medida que obrigue os fundos a fazer investimentos contra seu interesse fere a resolução, ou no mínimo exigira que fosse revogada, com conseqüências muita negativas para os fundos, disse. Segundo Pimentel, os fundos são investidores de longo prazo e até precisam de ativos de longo prazo para aplicar seus recursos. No caso dos PPP, os fundos devem ser livres para escolher o que for atrativo. "Se os projetos forem atraentes talvez nem sobre nenhum para os fundos", ironiza.