Título: IPCA-15 sobe 0,32% em outubro, o menor índice desde abril
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Fonte: Gazeta Mercantil, 25/10/2004, Nacional, p. A-4

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou 0,17 ponto percentual em outubro, passando de uma alta de 0,49% apurada em setembro, para 0,32%, informou na sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou abaixo da expectativa do mercado, de 0,49%. O IPCA-15, que mede a prévia da inflação mensal considerada para a meta oficial da inflação, acumula de janeiro a outubro alta de 5,97%. Nos últimos 12 meses, 6,64%.

As principais contribuições para a desaceleração do índice de outubro partiram dos produtos alimentícios, que registraram deflação de 0,26%, após o aumento de 0,42% apurado em setembro. As maiores influências partiram dos produtos in natura: o preço do tomate caiu 10,49%, a batata-inglesa recuou 10,23% e as hortaliças diminuíram 8,46%. Outros produtos que ficaram mais baratos ou mostraram redução na taxa de crescimento em outubro foram o açúcar refinado, que passou de uma alta de 14,21% para 6,06%. O preço do açúcar cristal registrou queda de 0,06%, após alta de 5,69% de setembro.

Contribuição para o recuo da taxa o álcool combustível, que apresentou forte queda no preço, de uma elevação de 8%, em setembro, para alta de 0,85%. O preço da gasolina subiu 0,67%; no mês anterior a alta foi de 1,16%. A queda do gás de cozinha foi intensificada, passando da deflação de 0,74% para 1,16%. Os preços dos combustíveis ainda não trazem o impacto do reajuste, em vigor desde o dia 15. A expectativa é que o impacto médio no preço final ao consumidor seja de 1,6% para a gasolina e de 3,8% para o diesel.

Os preços administrados também pressionaram a inflação. O telefone fixo aumentou 2,18%, a energia elétrica subiu 0,71%, e a taxa de água e esgoto, 1,35%.