Título: Estrangeiros aumentam aplicações na China
Autor: Bloomberg News
Fonte: Gazeta Mercantil, 20/08/2004, Internacional, p. A-10

Os investimentos externos diretos na China cresceram nos sete primeiros meses deste ano, quando empresas como a Siemens e a Ford Motor expandiram-se para aproveitar os baixos salários e a crescente demanda de uma das principais economias do mundo e a de crescimento mais acelerado. Os investimentos estrangeiros cresceram para US$ 38,4 bilhões, no período de sete meses até julho, numa expansão de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, disse o Ministério do Comércio de Pequim em site na Web. Os investimentos contratados, que indicam investimentos futuros, cresceram 40%, para US$ 82,7 bilhões. A economia chinesa tinha crescido 12% nos seis primeiros meses do ano, segundo o ministério.

A China atraiu um recorde de US$ 53 bilhões em investimentos externos no ano passado, ultrapassando os EUA como a maior destinatária mundial das aplicações. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, precisa dos investimentos externos para criar postos de trabalho, num momento em que tenta coibir a expansão indiscriminada das companhias estatais. A China "ainda é um bom investimento de longo prazo", disse Harriet Green, presidente para a Ásia-Pacífico da Arrow Electronics, a maior distribuidora mundial de componentes de computadores. A empresa prevê que suas vendas na China crescerão mais de 30% este ano, disse Green.

O nível de emprego nas áreas urbanas, com um terço do 1,3 bilhão de habitantes do país, aumentou em 552 mil postos de trabalho, para 109 milhões de pessoas ocupadas, no primeiro semestre, disse no mês passado o departamento de estatística chinês. Foram criados quase 4 milhões de empregos no setor privado, disse o órgão.A Ford, segunda maior montadora mundial, anunciou no mês passado seus planos de construir uma nova unidade de montagem na China com sua afiliada Mazda Motor, como parte dos investimentos de US$ 1,5 bilhão, com os quais a empresa pretende reduzir a distância que a separa de sua maior concorrente, a GM, no terceiro maior mercado automobilístico mundial.