Título: A produção de alumínio cresce 13,1% em setembro
Autor: Gustavo Viana
Fonte: Gazeta Mercantil, 25/10/2004, Indústria & Serviços, p. A-11

A produção de alumínio primário totalizou 120,5 mil toneladas no mês de setembro, um aumento de 13,1% em comparação ao mesmo mês de 2003, de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Segundo o coordenador da comissão de economia e estatística da Abal, Luís Carlos Loureiro, o crescimento na produção deve-se à recuperação na produção da Alumar e do aumento da capacidade de produção da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim , além do incremento da demanda aumento de alguns segmento de mercado.

Durante setembro, todas as mineradoras tiveram uma produção superior à registrada no mesmo mês em 2003, exceto a Valesul (Aluvale/Companhia Vale do Rio Doce e BHP Billiton), cuja produção manteve-se estável, em 7,8 mil toneladas. Na comparação com setembro de 2003, os maiores crescimentos foram verificados na Alcoa e BHP Billiton, reflexo do incidente elétrico ocorrido na Alumar - controlada pelas duas empresas - em agosto de 2003. A produção da BHP cresceu 67,4% e atingiu 14,4 mil toneladas; e a Alcoa produziu 24,3 mil toneladas, 29,9% a mais que em setembro de 2003.

Em setembro de 2003, a Alumar produziu 19,5 mil toneladas, e no mesmo mês deste ano, 31,1 mil toneladas. A cota da Alcoa na produção da Alumar, avalia o diretor de produtos primários Alcoa América Latina, José Taragano, deverá alcançar 295 mil toneladas neste ano, contra 275 mil toneladas em 2003. Na CBA, a produção aumentou 6% e somou 28,3 mil toneladas. "Trabalhamos em setembro com a produção adicional a plena capacidade", disse Loureiro, que também é diretor de vendas da CBA. Em setembro de 2003, a CBA ampliou a sua produção de 240 mil para 340 mil toneladas, com aporte de US$ 370 milhões. Em 2005, irá aumentar a produção para para 400 mil toneladas, com outros US$ 370 milhões, e início das operações em junho de 2005. A CBA, que planeja alcançar 460 mil toneladas até 2007, produziu 313 mil toneladas em 2003. Neste ano, Loureiro estima uma produção de 345 mil toneladas.

A Alcan elevou sua produção em 2,3%, para 8,9 mil toneladas em setembro deste ano. E a Albras fabricou 36,8 mil toneladas, 2,2% a mais, na mesma comparação.

De janeiro a setembro, a indústria do alumínio produziu 1,087 milhão de toneladas, 5,5% a mais que em igual período de 2003. Destaque para a CBA, cuja produção aumento 12,9% e totalizou 258,2 mil toneladas, e para a BHP, que produziu 10,9% a mais (130,7 mil toneladas). A Abal trabalha com a estimativa de produzir 1,5 milhão de toneladas neste ano, 6% acima de 2003, o que representará a maior produção da história, superando as 1,38 milhão de toneladas obtidas em 2003.

Segundo Loureiro, os segmentos que estão puxando a demanda no País são os de transporte, embalagem e bens de consumo. "Se os setores de transporte e embalagem continuarem nesse ritmo, e a construção civil se reabilitar, a indústria de alumínio deverá entrar no melhor momento da história do Brasil", disse Loureiro.