Título: Preços caem após novo pico de alta
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Fonte: Gazeta Mercantil, 26/10/2004, Energia, p. A-6
Barril WTI fecha a US$ 54,54 em Nova York e o tipo Brent a US$ 50,78 em Londres. Os preços mundiais do petróleo fecharam em baixa, ontem, apesar de terem registrado novos recordes durante o dia. A movimentação do governo norueguês para acabar com a disputa trabalhista no setor, que ameaçava carregamentos do terceiro maior exportador do mundo, foi essencial para a queda nas cotações WTI e tipo Brent.
O petróleo em Nova York registrou queda de US$ 0,63, fechando a US$ 54,54 o barril, depois de atingir o pico de US$ 55,67 no pregão eletrônico.
Em Londres, o Brent caiu US$ 0,44 e encerrou a sessão valendo US$ 50,78 o barril, depois de bater alta recorde de US$ 51,90.
As baixas seguiram a decisão do governo norueguês em Oslo de intervir para acabar com a greve dos trabalhadores petrolíferos, evitando uma situação que ameaçava a produção de 3 milhões de barris diários do país.
A Noruega, que se situa atrás apenas da Arábia Saudita e Rússia no ranking mundial de exportações do petróleo, tem poderes emergenciais garantidos para acabar com greves quando essas ameaçam a produção de óleo e gás. Até agora, a greve de 4 meses impedia a produção de apenas 55.000 barris de petróleo por dia.
Políticos de todo o mundo declararam, nesta segunda-feira, que os preços do petróleo não devem se afastar dos níveis recordes tão cedo, e começam a abater as perspectivas para o crescimento da economia mundial.
"Haverá claros impactos em países em desenvolvimento e nos países desenvolvidos por conta da alta acelerada no preço do petróleo", disse o diretor gerente do Fundo Monetário Internacional, Rodrigo Rato, sobre os efeitos dessa situação em 2005.
"A respeito disso, acreditamos que países consumidores devem analisar suas políticas energéticas... pois a maioria dos observadores acredita que os preços não irão diminuir significativamente num futuro próximo."