Título: Gás de Santos pode...
Autor: Mônica Magnavita
Fonte: Gazeta Mercantil, 27/10/2004, Relatório - Petróleo e Gás, p. 1
A demanda das térmicas deve atingir 40,2 milhões de m de gás, no melhor cenário. Ou 35,6% do consumo total em 2015.
Há três fontes principais de crescimento do consumo de gás natural para a geração de energia elétrica. O primeiro é a construção de novas usinas, que depende da política setorial traçada pelo governo. Além disso, a Petrobras investirá na conversão das atuais usinas térmicas - operadas a carvão, óleos diesel e combustível - para gás, o que dependerá da extensão da malha de gasodutos.
Para a indústria, a diretoria de gás e energia da Petrobras prevê uma expansão da demanda que poderá atingir 41,7 milhões de m por dia, na melhor das hipóteses, e 26,3 milhões de m /dia, na pior. Relativamente, a demanda industrial, basicamente das áreas química, siderúrgica e de cerâmica, responderá por 45,4% ou 36,7% do consumo total em 2015.
Por fim, a utilização do gás natural veicular deverá crescer dos atuais 2,7 milhões de m /dia em 2002 para 11 milhões de m /dia ou 25 milhões de metros cúbicos/dia em 2015, dependendo do cenário. Com essa alta, o setor representará 22,7% ou 17,3% da demanda total de gás natural.
A Petrobras estima que o programa de massificação do uso do gás terá um impacto econômico, contribuindo com 0,5% a 0,7% na formação do PIB, no período de 2004/2015. Além de gerar até 200 mil novos empregos e, do ponto de vista ambiental, reduzir a emissão de poluentes em até 6 milhões de toneladas por ano.
O êxito dessas políticas e a concretização das estimativas, no entanto, estão sujeitos ao aumento da infra-estrutura de transporte e distribuição de gás, que garanta o acesso do combustível aos mercados consumidores, às regras de contratação do gás e ao preço e à regulamentação do setor.