Título: Combustível pressiona e IPC sobe 0,53%
Autor: Ana Cecília Carvalho
Fonte: Gazeta Mercantil, 28/10/2004, Nacional, p. A-4

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) subiu 0,53% na terceira quadrissemana de outubro, ante a uma variação positiva de 0,38% na semana anterior. No mesmo período no mês de setembro, o indicador registrava alta de 0,32%. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda de até 20 salários mínimos.

Entre os sete grupos pesquisados pelo IPC-Fipe, três indicaram avanço de preços em relação à semana passada. Liderando a alta, está o grupo transportes, que fechou em alta de 0,93%, ante a uma elevação de 0,64% registrada anteriormente. Habitação também acelerou, passando de 0,56% na semana passada, para 0,68% nesta prévia. Alimentação passou de uma deflação de 0,11% para uma inflação de 0,21%.

Indicaram desaceleração nos preços os grupos vestuário, que passou de 0,93% na segunda quadrissemana, para 0,91% nesta quadrissemana; saúde, de 0,48% para 0,44% nesta prévia; despesas pessoais baixou de 0,25% para 0,22%; e, por último, o grupo educação, que recuou 0,01 ponto percentual, passando de 0,07% para 0,06%.

Na terceira prévia do mês de setembro os grupos registraram as seguintes variações: Habitação, com alta de 0,82%; Alimentação apresentou deflação de 0,41%; Transportes subiu 0,54%; Despesas Pessoais avançou 0,11%; Saúde, aumento de 0,26%; Vestuário apresentou alta de 0,49% e Educação registrou taxa de 0,10%.

Impacto maior no índice cheio

Segundo o economista do Banco Espírito Santo (BES), Flavio Serrano, o impacto do reajuste dos combustíveis no período foi de 0,04 ponto percentual no IPC-Fipe. O impacto do reajuste deve avançar no final do mês e ainda apresentar pressão em novembro. "Espero que o impacto suba para 0,08 ponto percentual no índice cheio e para 0,07 ponto percentual no mês de novembro", disse Serrano, estimando alta de 0,62% para o IPC-Fipe de outubro.

Segundo ele, os preços dos alimentos e combustíveis devem continuar pressionando em outubro, já os preços administrados devem perder fôlego.