Título: Setor agrícola reforça o avanço da economia
Autor: Alvaro Figueiredo
Fonte: Gazeta Mercantil, 23/08/2004, Agobusiness, p. B-12

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou que o governo federal começa a perceber que a agricultura é mais que apenas a maior vocação produtiva do país, mas também a alternativa mais à mão para promover crescimento econômico e, gerando riqueza e ajudando a resolver a crônica crise social do País.

"Agricultura não é só produção de alimentos. Dela depende toda a indústria e possivelmente a economia mundial. A cerveja, a seda, o papel e papelão são alguns exemplos de produtos que comprovam esta dependência". Os comentários fizeram parte do discurso de Rodrigues, produtor rural convicto e de tradicional família de produtores, durante a Agro-Brasil 2004, promovida pela Gazeta Mercantil, em parceria com o BNB, Codevasf e Governo da Bahia.

Em Salvador, ministro o governo federal está iniciando a recuperação de 14 mil quilômetros de rodovias em todo o País, além da ampliação de portos estratégicos. Para ele, é preciso planejar com o setor privado, para que se possa atacar os gargalos fundamentais.

O governador da Bahia, Paulo Souto, disse que o apoio aos produtores do estado apresenta resultados expressivos, como a colheita de uma supersafra de soja, de 2,4 milhões de toneladas, a consolidação de culturas tradicionais como algodão, café e milho e o plantio de novas culturas, como a do trigo, cujo cultivo, no altiplano da Chapada Diamantina demonstrou produtividade superior à de regiões tradicionais no sul do País. "A Bahia mostra que vale a pena apostar na produção e apoiar o setor privado para consolidar o desenvolvimento econômico", disse Souto.

Para o secretário de agricultura do Ceará, Carlos Matos, é preciso injetar tecnologia e dar competitividade ao agronegócio. "Queremos aumentar nossa cota para a exportação de banana, cuja produtividade está em 3 mil caixas por hectare ao ano, o que permite oferecer preços US$ 0,50 menores", assegura. Matos pleiteia redução de 8% das taxas para exportação de melão e de 6% para o abacaxi, o que traria vantagem para a nossa produção de frutas no estado.