Título: Combustíveis impedem maior desaceleração e o IPC-S sobe 0,10%
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 03/11/2004, Nacional, p. A4

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) referente à semana encerrada no dia 25 de outubro registrou uma alta de 0,10%, uma retração de 0,07 ponto percentual (p.p) em relação à última apuração, conforme divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) na segunda-feira. Seis dos sete grupos pesquisados registraram desaceleração. Habitação, com um recuo de 0,57% para 0,37% e alimentação, com uma deflação de 0,59% para 0,76%, foram os grupos que mais contribuíram para a queda do índice.

O grupo transportes foi o único a registrar aceleração, de 0,66 fração de ponto percentual, atingindo alta de 0,75%. Com onze dias incluídos no período de coleta, os reajustes da gasolina e do óleo diesel já se refletem em taxas de aumento de 1,69% e 0,53%, respectivamente. A queda na alimentação foi influenciada pela desaceleração de treze dos 21 itens que compõem o subgrupo gêneros alimentícios. Os principais itens que apresentaram retração foram frutas, adoçantes, laticínios e massas e farinhas, entre outros.

Apesar de a taxa do grupo habitação ter apresentado novo recuo, ainda permanece exercendo a maior influência positiva sobre o índice do IPC-S. As principais pressões continuam partindo de preços administrados. O item tarifa de eletricidade residencial passou de 0,68% para 0,50%; a de telefonia fixa, de 1,13% para 0,54% e a taxa de água e esgoto, de 1,45% para 0,61%. Esses itens contribuíram conjuntamente com 0,05 p. p. para a formação da taxa do IPC-S. Pela terceira semana consecutiva, o grupo vestuário registrou retração, de 1,03% para 0,80%. Os destaques foram roupas e calçados. O grupo saúde e cuidados pessoais sofreu desaceleração de 0,19 p.p., ficando em 0,35% nesta medição.