Título: Exportações paraenses atingiram US$ 2,7 bilhões
Autor: Raimundo José Pinto
Fonte: Gazeta Mercantil, 04/11/2004, Gazeta do Brasil, p. B13

O minério de ferro e o alumínio da Companhia Vale do Rio Doce, são os principais itens exportados pelo estado. Pelo segundo mês consecutivo as exportações paraenses cresceram mais que as do Brasil. De acordo com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), de janeiro a setembro deste ano as exportações do Pará atingiram US$ 2,7 bilhões, um crescimento de 44,43% em relação ao mesmo período de 2003. Nessa mesma comparação, o crescimento das vendas brasileiras para o exterior ficou em 33,13%. E enquanto o saldo da balança comercial do país cresceu 41,37% no período, o paraense aumentou 49,60%. Pela balança comercial anterior, de janeiro a agosto de 2004, as exportações paraenses haviam crescido 47,07% em comparação a janeiro e agosto de 2003, enquanto as do Brasil ficaram em 34,82.

Os resultados dos primeiros nove meses do ano mostram que continua a crescer a participação dos produtos minerais na pauta de exportação, atingindo 77,78%, enquanto na balança anterior estava em 77,34%. Já a participação dos chamados produtos tradicionais caiu de 22,16% para 21,63%.

O minério de ferro e o alumínio, produzidos pela Companhia Vale do Rio Doce, continuam sendo os principais itens da pauta de exportação do estado. Entre janeiro e setembro deste ano foi exportado o equivalente a US$ 756 milhões em minério de ferro, representando uma participação de 27,99% entre todos os produtos exportados pelo Pará. Em segundo lugar aparece o alumínio, com US$ 524 milhões, uma participação de 19,40%.

Em terceiro lugar está a madeira, com exportações de US$ 379 milhões, ou 14,02% das exportações do estado entre janeiro e setembro de 2004. A alumina, outro produto da Vale, ocupa o quarto lugar, com US$ 244 milhões em exportações no período e participação de 9,03%, aparecendo depois o caulim (5,95%), o ferro-gusa (5,22%) e a bauxita (4,24%).

Entre os produtos minerais, merece destaque a participação do minério de cobre, que começou a ser produzido em junho pela Vale na região de Carajás e que nas balanças comerciais de agosto e de setembro passou a constar da pauta de exportações paraense. Já foi exportado o equivalente a quase US$ 80 milhões em minério de cobre, atingindo uma participação de 2,96% entre os produtos exportados pelo estado.

Tradicionais

Depois da madeira, o produto tradicional com melhor desempenho é a pasta química de madeira, com 4,03%, equivalente a US$ 108 milhões nos primeiros nove meses do ano. Em seguida aparece a pimenta, mas com uma participação de apenas 0,96%, com uma exportação de US$ 26 milhões.

Mais uma vez o destaque em crescimento nas vendas para o exterior é o dendê, em razão da Agropalma ter priorizado este ano a exportação de seu produto, quando ano passado quase todas as suas vendas eram para o mercado interno. No período as exportações de dendê chegaram a US$ 5,1 milhão, um crescimento de 1.436% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportados apenas US$ 333 mil.

Outro bom sinal no setor madeireiro foi o resultado obtido pelas vendas externas de móveis e artigos de madeira, um crescimento de 60,16% sobre as vendas ocorridas entre janeiro e setembro do ano passado. A castanha-do-pará também registrou uma boa recuperação em suas vendas para o exterior, com um crescimento de 53,74% na mesma comparação.