Título: FMI aprova metas de ajuste fiscal da Colômbia
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Fonte: Gazeta Mercantil, 25/08/2004, Internacional, p. A-10
O Fundo Monetário Internacional (FMI) não está preocupado "em princípio" com o plano da Colômbia de ampliar a meta de déficit para 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano em relação aos 2,4%, disse Robert Rennhack, chefe de uma delegação do FMI em visita ao país. O funcionário afirmou que a ampliação da meta não preocupa o FMI, uma vez que ela foi financiada por meio de vendas de ativos estatais. O acordo do empréstimo de emergência do Fundo para a Colômbia, que termina neste ano admite um aumento de 0,3% na meta do déficit de 2,5% deste ano e o mesmo aumento na meta de 2,4% para o próximo ano usando o resultado da venda dos ativos, afirmou Rennhack.
O alto funcionário, que chegou ontem a Bogotá disse que para o FMI, a Colômbia cumpriu com folga no primeiro trimestre deste ano a meta de déficit fiscal e que as exportações cresceram 15% de janeiro a maio. Rennhack acrescentou que a informação preliminar do déficit fiscal do segundo trimestre indica que também alcançou seu objetivo. Desde dezembro de 1999, a Colômbia realiza um programa de ajuste fiscal sob a supervisão do fundo, com o objetivo de garantir o pagamento da dívida externa do país.
Ao mesmo tempo, a Colômbia está tentando aumentar os gastos em infra-estrutura e com os pobres, porque o financiamento da dívida e os maiores gastos com previdência e segurança foram responsáveis pelo grosso dos gastos nos últimos anos. O país pretende vender 24 trilhões de pesos (US$ 9 bilhões) em ativos de propriedade de companhias estatais como a Ecopetrol e participações em empresas estatais como a Interconexión Elétrica, para financiar maiores investimentos, mesmo reduzindo a carga da dívida pública.
Em Crawford, Texas, uma alta autoridade, que pediu para ficar no anonimato, disse que a administração Bush analisa a possibilidade de dar dinheiro para ajudar a desmobilizar a maior milícia paramilitar da Colômbia, apesar de ela ser considerada por Washington uma organização terrorista estrangeira. "Estamos estudando como apoiar os esforços da Colômbia para desmobilizar a AUC. Mas nenhuma decisão foi tomada ainda", disse .