Título: IPC-S acelera pressionado por combustíveis
Autor: Cristina Borges Guimarães
Fonte: Gazeta Mercantil, 16/11/2004, Nacional, p. A-9

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ¿ calculado com base nos preços coletados entre os dias 9 de outubro e 8 de novembro ¿ subiu 0,31%, apresentando aceleração de 0,05 ponto percentual (p.p.) em relação aos preços coletados entre 9 de setembro a 8 de outubro. De acordo com o Fundação Getúlio Vargas (FGV), dos sete itens pesquisados apenas dois registraram reduções em suas taxas de variação: vestuário e saúde e cuidados pessoais.

O grupo alimentação continua com taxas negativas, mas os preços caíram menos. Os preços dos alimentos apresentaram redução de 0,38%, menor que a deflação de 0,43% apurada na edição anterior. Apesar da taxa negativa, itens importantes do grupo apresentaram elevações: arroz e feijão (de 0,64% para 0,92%), carnes bovinas (de 0,78% para 0,93%) e pescados frescos (de 1,04% para 1,77%).

O último reajuste autorizado para telefonia fixa, em primeiro de novembro, contribuiu para a elevação da taxa do grupo habitação, de 0,35% para 0,41%. O grupo vestuário voltou a apresentar desaceleração, de 1,19% para 0,97%. Os preços do grupo saúde e cuidados pessoais subiram menos em relação à última semana, de 0,39% para 0,31%. O grupo educação, leitura e recreação manteve sua taxa estável, em 0,25%.

Transportes foi o grupo que registrou a maior aceleração, 0,28 p.p., para 1,39%. Os itens que mais contribuíram para a aceleração foram gasolina (de 2,45% para 3,13%) e álcool combustível (de 6,11% para 7,66%). O grupo Despesas Diversas registrou aceleração de 0,21 p.p., para 0,50%.

Das 12 capitais pesquisadas, nove apresentaram aceleração em suas taxas, duas tiveram desaceleração e uma permaneceu estável. A capital com a maior taxa foi Goiânia, 0,97%. Já Recife ficou com a menor, ¿0,43%. No Rio de Janeiro, a inflação medida pelo IPC-S acelerou de uma alta de 0,19% para 0,26% e em São Paulo, de 0,49% para 0,52%.