Título: A taxa de desemprego cai para 18,5% em São Paulo no mês de julho
Autor: Nanna Pretto
Fonte: Gazeta Mercantil, 26/08/2004, Nacional, p. A-6

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 19,1% em junho para 18,5% da População Economicamente Ativa (PEA) em julho. Essa é a menor taxa desde o início do governo Lula, de acordo com os dados da pesquisa realizada pela Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), divulgada ontem. Julho foi o terceiro mês consecutivo de queda na taxa de desemprego da região.

A redução do número de desempregados decorreu da geração de 32 mil ocupações e da saída de 34 mil pessoas do mercado de trabalho. O número de assalariados sem carteira de trabalho assinada cresceu 4,1%, e o de assalariados com carteira assinada caiu 0,1%. O número de trabalhadores autônomos também diminuiu 0,1%.

"Esse crescimento de empregos sem formalização na carteira de trabalho ocorre, principalmente, no setor de serviços. É comum esse tipo de contratação nessa área. Diferentemente de uma indústria, onde há uma necessidade maior de formalização", disse o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

Em relação a julho de 2003, a taxa de desemprego total caiu 6,1%, o que, em termos absolutos representou uma redução de 89 mil pessoas sem emprego. Essa constante redução do desemprego se deu, principalmente, pela criação de 420 mil novas ocupações, desde abril desde ano. "Se a economia continuar retomando o crescimento e as empresas investirem mais no mercado interno, o desemprego tende a continuar nessa curva descendente", explicou o coordenador de pesquisa do Seade, Alexandre Loloyan.

Na comparação com junho, o crescimento do número de vagas no setor de serviços foi de 1,7% em julho, no terceiro mês consecutivo de alta. Destacaram-se as expansões do ramo de reformas (8,6%), saúde (6,2%), auxiliares (4,3%), e limpeza, vigilância e outras oficinas (3,2%). Entre os segmentos que apresentaram decréscimo, figuram oficinas mecânicas (6,6%) e alimentação (1,6%).

O rendimento médio real dos ocupados aumentou 1,4% em junho, para R$1.056. O rendimento médio dos homens alcançou R$ 1.186 em junho, 2,8% a mais que em maio. Já o rendimento médio das mulheres caiu 1,2% para R$ 770. Com isso, as mulheres passaram a receber o equivalente a 64,9% do rendimento médio dos homens, proporção que era de 67,5% em maio. Em relação a junho de 2003, os rendimentos de homens e mulheres subiram 3,9% e 3%, respectivamente.