Título: IGP-M sobe 0,60% na 2ª- prévia de novembro
Autor: Viviane Monteiro
Fonte: Gazeta Mercantil, 19/11/2004, Nacional, p. A5

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentou alta de 0,60% na segunda prévia de novembro, segundo dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na primeira medição do mês, a taxa havia subido 0,33%. Na mesma etapa do mês passado, o índice subiu 0,12%. No ano, o índice acumula alta de 11,35% e nos últimos 12 meses, de 12,03%.

Em relação à primeira prévia deste mês, dois componentes do indicador apresentaram aceleração. O Índice de Preços por Atacado (IPA-M) subiu para 0,68%, após avançar 0,31%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que havia registrado elevação de 0,15%, acelerou para alta de 0,25%. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC-M), foi o único a recuar, registrando alta de 0,91% ante o aumento de 0,93%, da primeira prévia.

Na segunda prévia do mês de outubro, o IPA-M subiu 0,06%; o IPC-M teve queda de 0,04%; e o INCC-M, teve a mesma variação desta medição, 0,91%.

O IGP-M deve fechar o mês com alta de 0,76%, de acordo com a projeção do economista do Banco Espírito Santo (BES), Flavio Serrano. Segundo ele, a alta do IGP-M, da segunda prévia (0,60%) divulgada ontem, foi influenciada, sobretudo, pelos preços dos combustíveis, que apresentaram ainda alguns reflexos dos reajustes feitos pela Petrobras no mês passado.

No período, os preços da gasolina e do óleo diesel subiram em função da alta do preço do petróleo no mercado internacional. A tendência é que a pressão dos combustíveis na inflação se mantenha ao longo do mês. Os preços do álcool, que foram reajustados recentemente pelos usineiros, também pressionaram o índice.

A FGV divulgou que as principais influências positivas sobre o IPA Industrial partiram do óleo combustível, com alta de 9,67%; óleo diesel, 2,59%; querosene para motores, 11,74%; álcool etílico hidratado, 6,65%; e cana-de-açúcar, 3,72%. Já o IPC-M foi pressionado pelos preços da gasolina, com alta de 3,74%; tarifas de telefone-fixo, 1,90%; álcool combustível, 8,83%; mamão papaia, 11,82% e móveis para residência, 3,33%.

Para o economista, é provável que as pressões da gasolina e do óleo diesel sejam "totalmente" diluídas em novembro. No entanto, Serrano acredita que outros produtos derivados do petróleo devam continuar pressionando nos próximos meses.