Título: Brasil terá mais 20 milhões de celulares...
Autor: Thaís Costa
Fonte: Gazeta Mercantil, 22/11/2004, Primeira Página, p. A1

Considerada a venda de telefones em relação à população, o Brasil desponta como segundo colocado mundial em aceleração no segmento móvel. Ou seja, são vendidos mensalmente no País 7,26 celulares por grupo de mil habitantes, taxa que é superada somente pela Rússia, onde 13,89 em cada mil habitantes adquirem um telefone celular ao mês. Os Estados Unidos aparecem em terceiro, com 5,12; a China em quarto, com 3,08, e a Índia em quinto, com 1,41.

Em números absolutos, a China surge como a gigante suprema com 4 milhões de novos usuários agregados ao mês, seguida pela Rússia, 2 milhões, Índia e Estados Unidos, 1,5 milhão, e o Brasil em quinto com 1,3 milhão de média mensal.

Embora esteja bem-situado no contexto do crescimento da cobertura da telefonia móvel, a taxa de teledensidade brasileira (33%) não passa da classificação "média" do Global Wireless Matrix da Merrill Lynch que enquadra nessa categoria as taxas de 21% a 50%. O País está situado ao lado do México (32%) e da Rússia (34%), África do Sul (38%), Venezuela (28%), China (24%) e Argentina (23%).

Acima de 50% estão os mercados maduros do Chile (53% de teledensidade), Estados Unidos (57%), Japão (69%), França (70%), Coréia do Sul (76%), Alemanha (82%), Espanha (91%), Reino Unido (96%), Suécia (103%), Itália (102%) e Portugal (101%).

Abaixo de 50% estão o Egito (9%), Índia (5%), Nigéria (3%), Indonésia (11%) e Colômbia (17%). Em decorrência do forte potencial de crescimento do mercado doméstico, as estimativas apontam para 100 milhões de usuários em 2008, quando o mundo inteiro deverá contabilizar 2,4 bilhões de usuários de telefone móvel, um avanço de 800 milhões sobre o contingente atual de 1,6 bilhão. Naquele ano, ainda segundo as estimativas da Merrill Lynch, haverá 508 milhões de celulares na China, 226 milhões nos Estados Unidos e 102 milhões no Brasil e no Japão. Mensalmente surgem, no mundo, 23 milhões de novos clientes e a tendência é cada um ter mais de um telefone. "Vai ser comum ter vários telefones, assim como se tem vários relógios e canetas", afirmou Rondinelli.