Título: Comunicado vê o petróleo como área de maior risco
Autor: Noah Barkin e Nick Antonovics
Fonte: Gazeta Mercantil, 22/11/2004, Internacional, p. A15
Um comunicado distribuído ontem pelo G20, grupo que reúne as nações mais industrializadas do mundo e países em desenvolvimento, não faz referência explícita às variações cambiais, apesar da crescente preocupação na Europa e no Japão com a queda do dólar norte-americano aos índices mais baixos dos últimos. O petróleo é citado como área de grande risco.
O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, reconheceu que estaria mentindo se dissesse que as taxas de câmbio estrangeiras não foram um tema do encontro. Sobre o assunto de moedas, o comunicado somente pede mais flexibilidade aos países da Ásia.
O texto também cita a consolidação do orçamento dos Estados Unidos e reformas estruturais na Europa e no Japão como passos necessários para melhorar a estabilidade dos mercados.
Segundo o comunicado do G20, o ambiente econômico global continuará positivo em 2005, embora haja alguns riscos no horizonte. Entre eles, destaca-se a volatilidade do preço do petróleo.
Representantes dos países do G20 insistiram em dizer que o encontro não seria um fórum para debater taxas de câmbio e Eichel reiterou isso na entrevista coletiva de encerramento. Ele recusou-se a dar mais detalhes ao ser questionado repetidamente por repórteres. O dólar fraco pode prejudicar o crescimento em países exportadores como Alemanha e Japão e deixar os bens que produzem mais caros no exterior.
A principal preocupação do G20 se relaciona com o custo do petróleo. Eichel disse que este é o maior risco significativo para o cenário da economia global. O comunicado incentiva a produção de energia eficiente e sustentável, bem como o investimento na capacidade petrolífera. Pede também o aumento do diálogo entre países produtores e consumidores.