Título: Minas e Cemig fazem acerto de R$ 2,8 bilhões
Autor: Ana Paula Machado
Fonte: Gazeta Mercantil, 23/11/2004, Primeira Página, p. A1
Em 1995, quando o governo de Minas Gerais renegociou sua dívida com a União, pôde usar os créditos de CRC que a Cemig tinha a fim de quitar parte da dívida de Minas. Assim, o Estado passou a devedor da companhia de energia elétrica.
Esse débito deveria ser pago em 20 anos, com três anos de carência e 204 parcelas mensais, o que não foi cumprido. Em 2002, foi feito provisionamento relativo às parcelas a vencer entre janeiro de 2003 e maio de 2015 (R$ 1,32 bilhão), bem como repactuado o montante referente às parcelas em atraso, que chegava a R$ 749,96 milhões, a preços de dezembro de 2002.
Plano Estratégico
Além da questão dos dividendos e da CRC, o Plano Estratégico da Cemig para os próximos 30 anos, também foi aprovado pelo Conselho. Segundo o presidente do Conselho de Administração e secretário de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, o objetivo é o crescimento sustentável com segurança e agregação de valor, e também prevê a expansão do parque gerador e das redes de transmissão e de distribuição da Cemig. "Hoje a empresa é responsável por 17% da energia gerada no país e pela regulamentação vigente tem margem para aumentar essa participação. O governo irá se esforçar nesse sentido", disse. Para assegurar o crescimento sustentável, o Plano prevê limites máximos de endividamento, que não poderá ultrapassar duas vezes a capacidade de geração de caixa. Também a relação endividamento e capital terá que seguir a razão de 40 para 60.
Até meados de dezembro concluido o estudo sobre a desverticalização da Cemig, a ser entregue à Aneel, que prevê a divisão em três empresas, controladas por uma holding.