Título: Reajuste de combustíveis eleva o IPCA-15 a 0,63%
Autor: Aloísio Alves
Fonte: Gazeta Mercantil, 24/11/2004, Nacional, p. A5
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), uma espécie de prévia do IPCA, subiu 0,63% em novembro, ficando em 0,31 ponto percentual acima da taxa apurada em outubro, segundo informou ontem o IBGE. O percentual ficou dentro das estimativas do mercado, que oscilavam entre 0,50% a 0,64%. De janeiro a novembro, o IPCA-15 acumulou alta de 6,64% e nos últimos doze meses, 7,13%.
A alta do índice de novembro foi influenciada, sobretudo, pelos preços dos combustíveis, em razão dos reajustes ocorridos no dia 14 de outubro. No mês passado, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias em resposta à alta do petróleo no mercado internacional. Além disso, os preços do álcool, que foram reajustados recentemente pelos usineiros, também pressionaram o IPCA-15.
Em novembro, o litro da gasolina subiu, em média, 3,19% para o consumidor e o preço do litro do álcool subiu 9,59%. Segundo o IBGE, os combustíveis pressionaram outros segmentos. As passagens aéreas ficaram mais caras em 5,93% e os preços do gás de cozinha, em 1,46%.
Além dos combustíveis, outras pressões partiram das despesas de cigarros, com alta de 1,45%; condomínio, 1,34%; automóvel novo, 1,20%; e telefone fixo, 1,17%.
Já os preços dos alimentos mantiveram a deflação no IPCA-15, apesar de haverem recuado: o grupo passou de queda de 0,26% no mês anterior para 0,05% em novembro. As influências vieram da batata-inglesa e hortaliças, que apresentaram declínios menores nos preços: a batata-inglesa saiu de variação negativa de 10,23%, para deflação de 6,02% e hortaliças, de 8,46% para 1,20%. O único do grupo a registrar alta nos preços foi o feijão carioca, que teve variação positiva de 18,27%, ante 2,06% da medição anterior.