Título: BB libera US$ 7,9 bilhões a exportadores
Autor: Raymundo de Oliveira
Fonte: Gazeta Mercantil, 25/11/2004, Nacional, p. A-5

O Banco do Brasil liberou até a última segunda-feira um volume de US$ 7,9 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento de Cambiais Entregues (ACE) e atingiu o recorde histórico da instituição em liberações nas linhas de financiamento para exportação. No ano passado, o banco havia liberado US$ 7,6 bilhões via ACC e ACE e estabelecido o recorde anterior para um período anual. Segundo o diretor de comércio exterior do banco, José Maria Rabelo, a estimativa é fechar 2005 com um volume de US$ 8,5 bilhões liberados pelas linhas ACC e ACE.

Antes do recorde de US$ 7,9 bilhões registrado no início da semana, o BB havia registrado no mês passado um volume de liberações da ordem de US$ 7,4 bilhões e já havia expectativa de que o recorde de 2003 estava próximo a ser batido, afirmo ontem o diretor da área de comércio exterior. "Devemos fechar 2005 com um volume de liberação via ACC e ACE que será quase o dobro da média liberada nos últimos anos até 2003", afirmou Rabelo ontem no encerramento do 24 Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) em São Paulo. Até 2002, o volume de liberações do banco via ACC e ACE não havia ainda superado os US$ 5 bilhões por ano.

O BB é líder de mercado nas linhas de financiamento às exportações brasileiras com 27,5% do mercado. Segundo Rabelo, o volume destinado às linhas de financiamento para exportações saiu de captações feitas pelo banco em sua rede de agências fora do Brasil, principalmente de países como o Japão e Portugal, onde há grandes contingentes de brasileiros. "O Banco do Brasil criou uma nova diretoria de comércio exterior e tem reforçado sua rede externa para ampliar as captações e aumentar a atuação nos financiamentos para o setor exportador. Esta é uma decisão que faz parte dos esforços do governo federal para aumentar as exportações do País", afirmou. De acordo com Rabelo, a maior parte do volume destinado aos financiamentos via ACC e ACE foi captado junto a clientes do banco, 90%, segundo o diretor.

"O Banco do Brasil tem tido níveis crescentes de participação no financiamento das exportações brasileiras, tanto por causa de sua função pública, por determinação do governo federal, como também de seus interesses comerciais. Nossa intenção é continuar a investir em ações para aumentar as captações na rede externa do banco e a manter o ritmo de crescimento nos financiamentos", disse Rabelo.