Título: Exportação de carnes amplia mercado da DSM
Autor: Neila Baldi
Fonte: Gazeta Mercantil, 26/11/2004, Agribusiness, p. B12

O aumento das exportações de carnes brasileiras - que devem somar US$ 5 bilhões neste ano - impulsionou as vendas da DSM Nutricional Products . Em 2004, o faturamento líquido da empresa cresceu 5,5%, depois de cinco anos em queda. A empresa, produtora de matéria-prima para a indústria de ração animal e humana, encerra seu primeiro ano no Brasil sob nova direção - após a incorporação da Roche , com faturamento líquido de US$ 57 milhões. Metade desse valor foi obtido com a venda de produtos para nutrição animal e, o restante, para o segmento humano.

A unidade brasileira responde por 16,7% do faturamento da empresa na América Latina, que fecha o ano com US$ 340 milhões. México (30%) e Chile (21%) ficam em primeiro e segundo lugar respectivamente. O presidente da empresa na América Latina, Antonio Ruy Freire, afirma que a DSM deverá ampliar sua presença no País com o lançamento de novos produtos, em 2005. A DSM detém 40% do mercado de matéria-prima para as indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosmética e nutrição animal. No ano que vem, pretende chegar a 45%.

"O Brasil é uma potência em carnes e tem muito mercado", avalia Freire. Por isso, em 2005, a DSM pretende aumentar em até 7% seu faturamento no País. Entre os produtos novos, ele destaca um ingrediente que vai auxiliar no metabolismo de aves e a produção de um grão de arroz enriquecido com ferro e vitaminas. Segundo Freire, um dos segmentos que tende crescer também é o de enzimas. Atualmente, 30% das rações animais usam enzimas e pode chegar até a 40%.

O bom resultado de 2004 é fruto da melhoria das performances das fábricas. No Brasil, a indústria de nutrição animal passou de uma utilização de 60% para 65% da sua capacidade de produção no ano. No caso da nutrição animal, o salto foi de 70% para 90%. A empresa produziu este ano 20 mil toneladas de micronutrientes para alimentação animal. Cerca de 95% desse volume foi destinado ao segmento de aves e suínos e o restante para bovinos.

Com duas unidades fabris em São Paulo e outras 13 na América Latina, a DSM emprega 430 funcionários na região, dos quais 140 no Brasil. Segundo Freire, nos próximos três anos a empresa vai investir US$ 1 milhão em programas de treinamento e melhoria de condições de trabalho dos funcionários. No Brasil, não existe previsão de aporte financeiro para ampliação das unidades.