Título: Desemprego mantém queda e taxa recua para 17,6%
Autor: Viviane Monteiro
Fonte: Gazeta Mercantil, 30/11/2004, Nacional, p. A5

É o menor índice registrado na Grande São Paulo desde agosto de 2001. A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo manteve a trajetória de queda em outubro, recuando de 17,9% para 17,6% da População Economicamente Ativa (PEA). Trata-se do menor índice registrado desde agosto de 2001, quando apontou o mesmo patamar. Os dados fazem parte da pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), divulgada ontem.

Entre agosto e setembro, o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados apresentou redução de 1,6%, caindo para R$ 990,00, como reflexo do recuo de 2,8% na renda dos trabalhadores autônomos (para R$ 697,00) e a alta de 0,4% na renda dos assalariados, que chegou a $ 1.059,00.

O levantamento aponta que em novembro o crescimento do nível de ocupação, de 65 mil vagas, superou o ingresso de pessoas na força de trabalho (43 mil), reduzindo o contingente de desempregados em 22 mil pessoas. O contingente de desocupados foi estimado em 1,770 milhão de pessoas.

Os dados Fundação Seade/Dieese confirmam os resultados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), anunciados na semana passada, que revelaram que a taxa de desocupação em outubro caiu para 10,5%, atingindo um patamar mais baixo de toda a nova série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O Instituto revelou também que em outubro a renda média real do trabalhador diminuiu 1,2% em relação ao mês anterior, ficando em R$ 900,20.

Os setores que mais contrataram na região metropolitana de São Paulo em outubro foram o de Comércio e de Serviços, ambos com 18 mil vagas a mais, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese). Por outro lado, a indústria diminuiu em 12 mil o número de postos de trabalho.

Para Geovana Rocca, economista do Unibanco, além do período sazonal de final de ano, os resultados refletem a recuperação mais geral do nível de emprego, já que apenas a indústria vinha se destacando nas contratações.

Em relação à queda do emprego na indústria, a economista acredita que esse é um fator isolado.

Ela lembrou que a última pesquisa do IBGE mostrou que o emprego da indústria nacional cresceu em setembro pelo quinto mês consecutivo.

Segundo o coordenador de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian, de janeiro a outubro a criação de empregos expandiu-se 3,4% - 272 mil vagas a mais.