Título: Consumo de resinas cresce 22% no 3º trimestre
Autor: Gustavo Viana
Fonte: Gazeta Mercantil, 01/12/2004, Indústria & Serviços, p. A-9

O consumo brasileiro de resinas termoplásticas cresceu 22% no terceiro trimestre deste ano em comparação a igual período de 2003, segundo dados do Sindicato da Indústria de Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo (Siresp).

O PVC obteve um crescimento de 44,6%, e o polipropileno, de 21,2%. Os segmentos de mercado que mais demandaram essas resinas foram a construção civil, embalagens (filmes de polipropileno biorientado - BOPP), e automotivo. O consumo total projetado pelo Siresp para este ano é 14,6% superior ao do ano passado.

Esse crescimento na demanda interna levou as fábricas a priorizarem a venda local e as exportações tiveram queda de 40,1% no trimestre. As indústria fabricantes de resinas estão operando praticamente a plena carga, assim como as fornecedoras dessas fábricas, as produtoras de petroquímicos básicos, que trabalham com média de 98% da capacidade instalada.

De julho a setembro, a produção nacional de resinas termoplásticas atingiu 1,091 milhão de toneladas, volume 6% maior do que o do mesmo período do ano anterior. A estimativa do presidente do Siresp, José Ricardo Roriz, é de que a produção de termoplásticos aumente 8,2% este ano em relação a 2003.

Quanto a produção, as resinas que apresentaram maior crescimento no terceiro trimestre foram o polipropileno, com 12,5%, e o PVC, com 10,5%. Na última década, o consumo do polipropileno cresceu, em média, 12,5% no País. As exportações de produtos plásticos transformados (VIPE) tiveram um aumento de 39,1% no terceiro trimestre do ano em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A indústria de resinas termoplásticas mostra-se preocupada com o aumento dos preços internacionais da nafta petroquímica - matéria-prima das fabricantes de petroquímicos básicos. Nos últimos doze meses, o preço do insumo subiu 42%, sendo 29% do aumento concentrado entre maio e outubro, quando a cotação alcançou US$ 475. As fábricas têm capacidade instalada de cerca de 5 milhões de toneladas anuais e faturamento de cerca de US$ 6 bilhões por ano.